domingo, 25 de outubro de 2009

De fiesta en Morro Jable

Após dois de dias de sair à noite, nas supostas frenéticas noites de sexta e sábado, a conclusão não podia ser mais clara: a noite de Morro Jable não está definitivamente direccionada para as minhas necessidades.
A verdade é que já algumas pessoas me tinham advertido que a noite não era propriamente o forte desta cidade, mas a mesmo assim tinha esperança de poder satisfazer os meus vícios boémios nesta cidade que me traz à memória algumas cidades das algarvias que se encontram saturadas de hotéis. Em Morro Jable mais ou menos 60% são hotéis de quatro e cinco estrelas e em qualquer restaurante à semelhança de algumas zonas do Algarve, a emente vem primeiro em alemão, depois inglês e por último em espanhol. Também as típicas lojas de turista são uma constante, onde facilmente se podem encontrar camisolas da selecção inglesa e alemão não oficiais, fatos de banho onde as marcas tem as letras trocas, t-shirts com piropos sexuais e uma panóplia de artigos que facilmente se podiam encontrar numa feira ambulante. Pondo isto, não vislumbrava nenhuma razão para a noite não puder rivalizar com uma Vilamoura já que têm tantas coisas em comum, até me aperceber que o turismo é todo virado para a terceira idade e que é bastante mais selectivo que outros sítios visto que até agora ainda não vi nenhum hotel que tivesse menos de 4 estrelas.
Alheio a isto lá fui eu todo confiante para a noite de Morro Jable para o bar mais popular de cá de nome, imagine-se, Tortuga. A verdade é que é bastante agradável e se enquadraria facilmente na noite de farense, onde as paredes se encontram repletas de alusões a piratas, tartarugas e surf, e tem um grupo que toca ao vivo todas as sextas-feiras que segundo a cartaz exposto à entrada tem como especialidade reagge, rock e blues.
Cheguei justamente quando o concerto estava prestes a começar, e de cerveja em cerveja e com uma banda sonora espanhola lá me fui desinibindo e pensando para com os meus botões, que não sendo propriamente uma noite polaca, belga ou irlandesa, a verdade é que á falta de algo mais perto, até que pode ser um bom sítio para descomprimir de um dia de árduo trabalho uma vez que conheça alguma das trinta pessoas que compõem normalmente o bar. Após algumas musicas completamente desconhecidas para mim, e após ter observado a proeza do guitarrista em tocar com os dentes durante uns segundos, eis que reconheço finalmente uns acordes, por sinal da musica should I stay or should I go dos the Clash. De imediato deixei-me invadir pelas cervejas até então ingeridas e pela música. E assim foi, dei por mim alegremente a bater o pé e a trautear os acordes quando para meu espanto a música estava em traduzida em espanhol! Como já não bastasse dobrarem todos os filmes, também alteram as letras dos clássicos. Durante o resto da musica mantive me perplexo e dizendo meia dúzia de uns expressivos e portugueses fod… put…que pari..estes estes espanhóis! Até ao final da noite de realçar que á semelhança do Lizbona, vi me metido num confronto ibérico, mano a mano versão matraquilhos, do qual me desembaracei facilmente, com uma impressionante solidez defensiva e uma eficácia exímia. A única coisa que do nosso confronto lamento, foi o facto de meu opositor se encontrar demasiado bêbado para que eu pudesse vangloriar o nosso país e a qualidade de jogo que apresentamos. Quando regressei a casa por volta das três da manha notei que ao pé da do bar tortuga, se situavam duas casas de alternem, que seguramente vão ser exploradas no futuro e que à semelhança das restantes escamas, tive pela primeira vez o reflexo de vestir uma camisola devido à frescura da maresia que se fazia sentir.

3 comentários:

  1. Quanto à nossa viagem para a polonia, terça depois da minha super reuniao dou noticias!

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  2. Pois vê la isso que já há pessoas com os bilhetes comprados....
    Esses bares de "alternem"....ui ui....se calhar também são de 3ª idade....eheheheh

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