Tripeiros......Mamem.......

Caros leitores.....aqui na Polónia festeja-se com muita emoção e vibração, esta vitória do GRANDE GLORIOSO!!!

Tou a escrever.....porque recebi mensagens de "colegas", a provocarem-me e a rebaixar a minha equipa e o amor que tenho por ela....espero que agora engulam tudo o que me disseram .....e que comprem muitos gurosans....pois vai-vos fazer falta.....pois a azia deve ser muita.....

Nem com penaltys por marcar, nem com jogadores que deveriam ter sido expulsos mais que uma vez, conseguiram a apagar esta chama imensa........O INFERNO ESTÁ DE VOLTA!!!!

Toni (Olazabal) este texto é especialmente para ti.....e também para o David Piló....que me chatearam.......engulam cabrões......

Aqui vos deixo estas lindas fotos.......no meu quarto, na longíqua Polónia

NINGUÉM NOS PÁRA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Finalmente Inverno

Olá a todos, caros leitores, visto que estamos em época natalícia, os meus caros colegas carapaus voltaram à nossa Terra Natal, à nossa pátria, que é Portugal....eu por motivos preferencionais, decidi ficar em terras polacas, nestas curtas férias, pois prefiro regressar a Portugal em Fevereiro, uma vez que poderei estar mais tempo, e poderei visitar, quer família, quer colegas de Vendas Novas, e colegas Universitários. Sendo assim, ficarei na minha residência, talvez só eu e a recepcionista, terei a oportunidade de pensar bem na vida e de trabalhar para a minha tese, pois tal como já referi noutros posts, nós (carapaus) andamos nestas aventuras para estudar, e não para noitadas e passeios, como muita gente já referiu....eheheh!!
Tenho a oportunidade de passar este Natal, semelhante aos filmes americanos....ou seja, com muita neve, pois à dois dias atrás nevou imenso (vou tirar uma foto agora da minha janela de casa).

Para quem ache que irei passar a noite de Natal sozinho, engana-se.....já arranjei uma família emprestada. O meu colega de laboratório, Konrad, convidou-me para passar a consoada com a família dele...e eu aceitei de imediato... Existe só um pequeno problema, creio que aqui as tradições são diferentes e não sei como é...mas irei descobrir....e irei comparecer com uma garrafa do nosso famoso vinho tinto. Mudando radicalmente de conversa, eu não tenho escrito muito no blog, porque aqui (Polónia) passa-se exactamente o mesmo, que se passa nos outros locais, ou seja, não querendo ser repetitivo, resumindo, tenho algumas aulas, trabalho no laboratório, saio à noite, bebo uns copos, conheço umas pessoas novas, melhoro o meu inglês...e por aí a diante....talvez a unica coisa diferente dos outros posts que já escrevi são as diferentes pessoas que conheço.....não sei se valerá a pena meter mais fotos dessas "novas" pessoas que conheço.....talvez coloque numa outra altura....

Quero ainda dizer, para quem não sabe...que no dia 28 Dezembro, irei ter a visita de 5 colegas da Universidade, sendo todos pertencentes ao clã dos carapaus originais, e tendo todos alargado as suas aventuras por essa Europa fora e México (Templária (Canárias), Pega (México), Lauro (Irlanda do Norte) Márcio (França) e Sininho (Holanda??Micronésia??,Brasil??, Itália??)). Excepção feita, ao Sininho, mas que creio que também o irá fazer num futuro próximo, e espero sinceramente que o faça, para pertencer também a esta família de aventureiros carapaus. Depois publicaremos, algumas das nossas aventuras, talvez não todas....mas a maioria... eheh

Aproveito para desejar muita boa sorte aos pupilos do JJ, para a grande batalha que irá ter amanhã... aqui na Polónia, com t´shirt vestida e cachecol ao pescoço, irei torcer forte e emocionalmente por uma vitória contra esses tripeiros (f´*+*~´+º*-~´). VAMOS A ELES, NINGUÉM NOS PÁRA.......

Por ultimo, quero desejar Bom Natal a todos, um próspero Ano Novo, e que o melhor de 2009, seja o pior de 2010.....estes são os votos do Lizbona para uns, Rodrigo para outros e Chewbacca para outros ainda, em terras gélidas, mas calorosas........

Do Widzénia

Há quem se preocupe com as criancinhas africanas em Belfast

Com o aproximar das férias de Natal intensificam-se as saídas e noitadas, com o pretexto de que vamos de férias, para celebrar o Natal, etc...

Ontem foi, então, a grande noite do piso térreo de Holly Grove 3! A malta juntou-se depois de jantar e lá fomos nós correr os bares da cidade! A noite ia decorrendo normalmente quando dou por mim no último bar do percurso, a dançar com uma estranha, simpática por sinal, que se mostrava interessada pelo escurinho da pista de dança! Anca para aqui, anca para ali, passos de dança, rodopios e abraços, e ela começa a chorar! (Eheh tenho um efeito fantástico sobre elas) Eu, todo preocupado, pergunto-lhe se está tudo bem, se ela se sente bem ou se quer que eu chame a amiga. E ela nada... Depois de alguns minutos de insistência, ela lá solta a razão do choro: "Eu sinto-me mal quando penso nas crianças em África..." Imagino que a vossa cara de espanto neste momento deva ser a mesma que a minha na altura! Numa tentativa de amenizar a situação, lá lhe expliquei que sim, os meus pais são de África, e a minha família, mas que eu vinha de Portugal, estava em Belfast a estudar, blá blá blá... E no espaço de um minuto, a dita cuja muda o semblante carregado, põe o sorriso matador e levanta-se disposta a dar mais uns passos de dança! Por esta altura, já me questionava se ela estaria no seu perfeito estado de juízo. Enfim... o baile e a conversa continuaram por mais uns minutos, saímos do bar, eu convencido que acabara de fazer duas amigas locais e elas convencidas, sei lá do quê, não faço a mínima ideia do que ia naquelas cabeças. Enquanto os meus amigos iam comer alguma coisa, resolvi fazer entrar em jejum por umas horas, para tentar acabar com outro. Conversa puxa conversa, umas piadolas e consequentes risadas, tudo parecia estar bem, lá volta a expressão triste e o choro... desta vez, sobre a forma do típico "coitadinha de mim, a minha vida não presta, Belfast é mais do que aparenta, blá blá...": Até pensei que pudesse ter uma lição de história naquele momento, ou saber alguma da verdade sobre a cidade, citada por uma local, e por dois minutos tentei desenvolver a conversa, mas o acto de comiseração sobre ela própria continuava e eu tive que pôr de parte os planos de voltar a ver as minhas amigas. Uma chamada para os devoradores de sandes e pronto, esquece as raparigas e vai para casa! A noite está feita.

Pensava eu... ainda faltava o último capítulo. Acabado de chegar a casa, liga-me o Rory a pedir ajuda, pois ele está com a "amiga" dele e as amigas dela perguntam-lhe pelos amigos dele. Lauro to the rescue! Chegado lá, mais uma hora de seca, as amigas não passavam de umas tagarelas que estavam a adorar fazer-nos perder o nosso tempo de sono...

A única coisa que safa isto tudo é o facto de a noite acabar cedo, ou seja, se isto tudo fosse em Portugal, ou mais a sul na Europa, no final disto já o sol raiaria, ou perto disso, aqui, ainda nem eram cinco da matina. Maravilha ou nem por isso?!

See you later

Últimas

Compinxas e leitores, como devem ter reparado, o número de histórias neste blog tem vindo a diminuir drasticamente segundo o meu estudo estatístico. Fenómenos como estes simplesmente devem-se, decerto, à elevada programação da agenda dos autores ou desleixo, para alguns. Por esse motivo, não peço desculpa, porque me estou a divertir ou a trabalhar…que faz parte do programa de estar noutro país!!!
As férias de Natal estão aí à porta e por esse motivo seria óptimo poder estar com todos os membros deste ‘conta-me histórias’, mas sei que não vai ser fácil. Sei que uns vão à capital, mas outros estão ainda longe. Para mim, esta estadia tem sido muito positiva em vários sentidos e fará parte de mim. Imagino que seja motivo de introespecção, mas deixemo-nos de choraminguisses.
Hoje estive numa videoconferência, a qual achei fenomenal e de baixa pegada ecológica, com as outras courtes (turmas) deste mestrado por volta da Europa: (Bremen, Algarve, Ghent, Oviedo, Paris e Klepeida (lituania)). Este mestrado tem um enorme potencial para uma completa e interessante preparação no mercado de trabalho que diz respeito à investigação científica, por isso se quiserem mais info: http://embc.marbef.org/. Para além de várias qualidades, uma delas é a possibilidade de fazer escolas de Verão (não para putos, mas para aprender mais sobre um assunto qq relacionado com o mar). Hoje a grande notícia foi que a escola de Verão este ano será em MALTA, por isso malta, mais histórias virão por volta de 20 de Julho (depois de Malta).
Entretanto, se bem percebi pelas últimas, o clima não está a aquecer, nem as calotes a derreter, os furações só existem em sonhos e há água potável até dizer chega…(Não falo a sério!). Segundo o Prof Phil Jones (UK), que se demitiu por terem encontrado dados estatísticos que este manipulou sobre o aqueciemento global, “isto é mazé uma ganda maneira de abrir um negócio novo”. Este problema sério conseguiu descredibilizar a comunidade científica de algum modo, mas espero que isto não vos afecte, por isso mantenham os pés na Terra e procupem-se com o que têm a fazer…que é continuar a ler este “post”.

Aqui, como devem imaginar, chove muito, mas numa bela manhã de sábado, eis o que vem à janela. Pois bem, infelizmente não sou eu lá em cima, mas um dia serei!!! Achei interessante partilhar convosco…

Esta é a ista de minha casa...é um pequeno jardim por pédio...dentro do quarteirão...e com luz!

Visita inesparada

Pois é, caros leitores, no fim de semana seguinte, o meu irmão e a minha mãe vieram-me visitar....visitámos Gdañsk, Varsóvia e a "floresta negra", vimos bambis na estrada, vimos uma perseguição da policia num Renault megane mas altamente modificado, atrás dum Audi, pois aqui os traços continuos ou descontinuos é exactamente a mesma coisa. É como se não existissem...
Levei o meu irmão à grande noite de Olsztyn, escusado será dizer que o dia seguinte a minha mãe não ficou muito contente, pois o cheiro a alcóol, era muito percptível, mas também já está habituada.....
Eu fiquei muito contente com esta visita, e penso que eles também gostaram, o tempo esteve muito bom....algo que não é muito normal.
Quase me esquecia, o meu irmão e minha mãe apanharam o avião e eu vim de comboio para Olsztyn, logico que encontrei portugueses, parece que nós estamos em todo o lado, parecemos uma praga. Tive a falar durante muito tempo com um rapaz polaco, que esteve em Erasmus em Espanha e foi a Portugal....e foi muito boa a conversa...ele perguntou-me se eu conhecia o Quim Barreiros, cantou "gosto de mamar nos peitos da cabritinha" e "ponho o carro, tiro carro" diz que gosta do Benfica e simpatiza com o porto. E eu aí tive de lhe dizer, ou um ou outro, os 2 maiores rivais é que não...então ele decidiu-se pelo Glorioso, ensinei-lhe umas musicas dos NN, e disse que se o nosso Glorioso fosse à final da Uefa, acho que é em Hamburgo, que ele também iria. Portanto o meu Glorioso é enorme, e nem com a lagartada, que hoje devem de andar radiantes como se tivessem sido campeões do mundo, conseguem apagar esta chama....

Do Widzénia

Viagens e festas

Olá a todos, caros leitores...Imagino que já tenham saudades das minhas histórias e aventuras...

Talvez por relaxamento e preguiça, não tenho escrito nada, mas deve-se a ter tanta coisa para dizer que nem sei por onde começar....Bem mas aqui vai.....
No dia 13 de Novembro, foi organizada pela ESN (não sei o que quer dizer, mas são um grupo de polacos que organizam viagens e festas para os erasmus) uma viagem a Gdañsk, Sopot e Gdynia. Para quem não sabe, fica a Norte junto ao mar Báltico, são três cidades muito perto uma das outras. Tipo Lisboa (Gdansk), Loures (Gdynia) e Odivelas (Sopot). Gdañsk é provavelmente a 3ª cidade mais importante da Polónia. Como o dia 13 de Novembro foi uma 6ªFeira, podem imaginar que a partida foi bastante atribulada, pois aqui a noite de 5ªFeira é muito forte, então para não variar, foi uma correria até ao comboio, pois o risco de o perder era muito grande, uma questão de mais 10 seg e ficava em terra. Uma vez entrados no comboio, abriram-se as mochilas, e começámos a sacar, as cervejas, a famosa vodka com um sumo qualquer, e começámos a nossa aventura. Primeira paragem, foi em Malbork, a duas horas de caminho, visitar o maior castelo da Europa, realmente é gigante, enorme mesmo, na qual foi 70% destruido durante a 2ª guerra Mundial, pelos russos dum lado e pelos alemãos do outro, também tirei uma foto ao mapa do leste da Europa nessa terrivel época, russos e nazis. Realmente nós Portugueses não temos a mínima noção do que se passou aqui, a Polónia foi dos países mais dizimados, provavelmente foi 70% destruido, começando depois do 0.

Mudando de assunto, lá fomos rumo a Gdynia para nos instalarmos, numa residência idêntica à minha mas muito maior com cozinha e WC. Fiquei num quarto internacional, um Português (Eu), Espanhol (Alejandro) e um Polaco (Piotrek). Acho que não é muito difícil perceber pela foto quem é quem. Quando chegámos fomos atestar os quartos com mais bebidas e fomos sair....para um bar discoteca, onde havia pessoas de 50 e tal anos a dançar, foi um mix de gerações, no final tive que levar o Alejandro em ombros para casa, pois vomitou-se todo. Dia seguinte, de manhã cedinho, apenas dormimos 3 horas, já estávamos acordadinhos para ir visitar outra cidade que não me lembro do nome, e lá fomos todos desorientados da cabeça. Muito giro, mas a minha paciência era pouca, queria era dormir. De seguida fomos para casa dormir, e preparar-nos para mais uma noite. Agora em Sopot...bem meus caros leitores, aquilo parecia Albufeira no Verão, bares e discotecas dum lado e de outro, ruas cheias de gente, até casino tinha, foi preciso eu vir à Polónia para ir a um casino, logicamente que perdi dinheiro, 5€, e lá fomos depois para uma discoteca....e vocês não têm noção, cheio de gente, mulheres lindas, provavelmente homens lindos isso não sei, mas as Italianas é que diziam). Nessa discoteca, havia uma competição de dança altamente exótica, ou seja, no meio de toda a gente abria-se um espacinho e ia para lá uma rapariga dançar, mas minha nossa que dança, tipo Shakira a dançar no chão, de bikini, com roupinhas muito reduzidas...culturas completamente diferentes, mas muito engraçada.

No dia seguinte fomos para Gdañsk, visitar a parte velha, é muito bonito, e com muita história. E a parte melhor é que até aqui na Polónia o Sporting é humilhado, tal como em Portugal, toda a gente lhes passa por cima. É um leão verde, com cara de enjoado, vá-se lá perceber porque é que os lagartos andam enjoados, e fiz questão de lhe meter os meus pés todos sujos em cima......portanto como podem imaginar, aqui também o Sporting á alvo de gozo. De seguida fomos almoçar, a um restaurante, e por incrivel que pareça, encontrei um Português que estudou na Universidade do Algarve, e que jogáva futebol na equipa de Economia, e que sentiu na pele o poderio dos incríveis originais Carapaus de Corrida, ele é que me reconheceu, talvez pelo prática do meu futebol, ficou-lhe na retina aqueles meus passes de génio....eheheh. Ele está a trabalhar cá na Polónia, portanto digam-me qual é a probabilidade de encontrar uma pessoas conhecida em terras gélidas como esta?...mas acontece. De seguida....dirigimo-nos para a estação e rumámos de novo a Olsztyn...E assim se passou um fim de semana diferente, nesta Polónia fria, mas muito aconchegante.

Do Widzénia

Coincidências

Naturalmente que em qualquer programa académico, há sempre visitas de estudo e desta vez estive no museu de História Natural em Bruxelas na 4ª feira e na 6ª feira fui à Holanda a um centro de investigação de ecologia marinha.

A principal aquacultura que por cá se semea são os mexilhões e também Ostras. As empresas são bastantes qualificadas e o seu sucesso no mercado é enorme, o que quer dizer que têm que estar sempre a produzir e a vender. Isto implica empresas grandes com instalações e tecnologias de ponta. Para que haja um controlo e uma sustentabilidade do produto, existem obviamente centros de investigação dependentes destas explorações de recursos. O NIOO é um centro de investigação muito conceituado por estas bandas e a IMARES é mais uma, que funcionam lado a lado na margem do rio OosternSchelde. Empresa onde trabalha a Isabel de BMP (madrinha do Zé Pedro), como investigadora… Já encontrei um primo em Paris há uns anos, com outro primo cruzei-me em Florença durante o meu interrail, mas nunca esperava encontrar a Isabel na Holanda. São estas coindicências que nos fazem ter encontros imediatos para contar a outros.
Pois é Daniel, imaginava que irias encontrar o Diogo e Catarina aí pelas Canárias, porque já aí estão há algum tempo, mas estava justamente à espera isto tivesse acontecido. Simplesmente não sabia onde andavas concretamente no meio dessas ilhas.

Depois do encontro imediato, porque foi mesmo imediato, voltei para continuar a visita de estudo pelo centro de investigação, onde o equipamento tecnólogico é de ponta e custos estonteantes. Depois de algumas horas de viagem com a turma toda, que mais parecia uma cresce dentro do BUS, agarrei no carro e fomos até ao Luxemburgo para casa da minha tia que é emigrante há mais de 20 anos, mas que está muito bem na vida. Pudera…a trabalhar como enfermeira no parlamento europeu e o Luxemburgo tendo um ordenado mínimo são 1600€ é normal!

Ostras a serem comidas pelo urso lusitano…note-se que já tenho um cabelo branco!

O Luxemburgo é brutal, cheio de florestas e vilas tipicamente medievais com muita influência alemã, pós-guerra. Claro que vivem com o ódio dos alemães, mas isso são problemas mais pessoais. Infelizmente não tem mar, mas é um país tentador, porque o nível de vida é bem bom…daí os emigrantes portugueses que representam 18% da população…é muita fruta!

Sininho, quando é que isso está bom?quando vens, para eu te por na minha lista de pessoas e locais a visitar?

Apesar das notícias boas, também há das más: hoje roubaram-ma a bicicleta…cabr….nunca hei de apanha-los no meio destas milhões de bicicletas que circulam por aqui!

Castelo de Vianden, Luxemburgo

Tanque e canhão anti-aereo usados na II Guerra Mundial em Clervaux, Luxemburgo

Olor a Portugal

No inicio deste mês, aproveitei o fato do meu pai fazer anos e voltei assim ao nosso Portugal, para reavivar saudades e voltar durante duas noites, às boémias noites de um tal de bairro alto, desta vez com sotaque italiano. Serviu também para reencontrar o conforto de vestir uma camisola ou de me aconchegar com uma manta pela noite.

Quanto a novidades pelo que percebi ainda continua meio país histérico com a gripe A, e o tema ainda serve para preencher o inicio dos diversos noticiários. Visto que por terras canárias ainda não chegou tal doença, falo-vos de uma praga a nível mundial que nem a modesta cidade de Morro Jable escapa: os emigrantes portugueses. Não querendo obviamente menosprezar ou criticar esta classe, porque ao fim ao cabo todas as escamas pertencem ou irão pertencer a esta classe, mas a verdade é que não me posso deixar de surpreender de como os descobrimentos e a necessidade de zarpar para outras terras ainda nos é tão intrínseco do povo lusitano, e quase de certeza que até ao final das vossas estadias vão encontrar algum portuga para ai desterrado se é que ainda não o encontraram. No meu caso este encontro de terceiro grau deu-se em quatro ocasiões: ao deparar-me com esse clássico acessório de emigrante que é o cachecol da nossa seleção num tablier, ao perguntar uns horários de autocarro e me responderem num familiar portunhol, ao recorrer a essa atividade tão criativa, juntamente com a Lucía, de reciclar cadeiras ou mesas que se encontram à espera de serem recolhidas pelo camião do lixo e ser denunciado por umas quantas pragas destinadas ao peso do sofá, ou através do conhecimento de pessoas em comum. Esta ultima situação leva-me ainda a falar de outra estirpe desta praga, já sofria pelo nosso amigo pega por terras mexicanas: o de encontrar outro BMP por terras estrangeiras! Pois está bem que em ilhas diferentes, mas vim encontrar a Catarina e o Diogo, acho que ambos têm mais uns quatro anos acadêmicos em cima que nós, e sendo o Diogo o irmão da Mafalda (Mafaldofca) se bem se recordam nos fez o favor de massacrar as nossas até então imaculadas mentes num tal jantar de mestres e de nos fazer comer esse jantar de molas com a ajuda de um outro amiguinho (azar o meu que me calhou um alarve na rifa). Não me interpretem mal, claro que é sempre bom encontrar pessoas que partilham a nossa língua e cultura, e que nos cedem com toda a naturalidade um teto só por estas afinidades (como foi o caso do fim de semana passado que aproveitamos e fomos ao WOMAD em Las Palmas, que é um festival um pouco na onda do musicas do mundo), mas não deixa de ser estranho o fato de nunca conseguirmos ser os únicos portugueses num sitio.

Entretanto, posso não estar rodeado de nórdicas ou ir a concertos, mas aproveitei o fim de semana e fui ao festival anual de papagaios de papel... imagino que pode parecer um pouco infantil mas a verdade é que passei uma agradável tarde na praia, igual a um miúdo de 10 anos a correr de um lado para o outro com um sorriso de orelha a orelha e que no final acabou com mais fotos que papagaios, mas valeu a pena.

Para finalizar, finalmente começo a sair da minha concha e a socializar com a comunidade cabo verdiana como com os locais, imaginando que futuras historias com estes elencos não irão faltar!

The Cove!

Meus amigos,

Aconselho-vos a ver "The Cove", um documentário sobre a caça furtiva aos Cetáceos pelos Japoneses.

Já em exibição nos cinemas perto de si!

Marine life in the north

Afinal não é só nas Canárias e no México que há tartarugas! Elas também gostam de se vir refrescar às águas frias do lago Strangford, junto à "cidade" costeira de Portaferry, e são extremamente vaidosas e fotogénicas! Ora vejam lá a minha amiga Couraça.

Aqui em Portaferry, também há um santuário de focas, para onde são trazidas aquelas que são encontradas em fracas condições, e que provavelmente morreriam caso não lhes dessem uma ajuda. Aqui ficam até recuperar a saúde e gordura, que exibem com muito orgulho, e depois são soltas de volta à "wilderness"!

Happy endings in Norn Iron! Ahah

Croeso i Bangor

Caros companheiros de blog e caros leitores, antes de mais, apresento aqui o meu sincero pedido de desculpas por não ter escrito mais cedo. Não vou tentar justificar esta falha, pois este atraso foi puro desleixo da minha parte.

Cheguei a Bangor, sábado dia 7 de Novembro, por voltas das nove da noite. A viagem foi longa e muito complicada, com algumas peripécias. Desde o taxista que me quis 'comprar' com uma viagem rápida de Liverpool até aqui por 130 Libras, desde o primeiro comboio em que entrei que parou logo na estação seguinte e não andou mais, desde andar carregadíssima com malas (claro, coisas de menina) e ter que mudar de comboio umas duas vezes, etc.

Para além de tudo isto, estava com um grande problema sempre a pesar na minha consciência: um lugar para dormir, pelo menos, na primeira noite. Sim!!! Andei de Bed & Breakfast em Bed & Breakfast, a perguntar se ainda havia vagas para ficar umas noites, e à segunda tentativa lá consegui.

Confesso que os primeiros dois dias foram muito difíceis, o estar longe dos pais, dos amigos, da família, não poder continuar com os 'hábitos portugueses', a preocupação de não ter uma casa onde ficar, sei lá, um monte de sentimentos que não ajudam muito, por mais vontade que se tenha em viver novas experiências num país novo e totalmente desconhecido! Mas agora, finalmente estou instalada, e bem instalada, numa 'private accommodation' apenas para estudantes.

Esta escama brilhante mas desleixada promete dar noticias em breve!!!

Não percebo.....

Quero anunciar....que temos uma nova escama em terras Europeias, provavelmente a pessoa em questão deve andar muito ocupada a jogar dominó, ou a fazer limpezas, ou a comprar almofadas, ou a ver os preços do papel higiénico, ou falar dez vezes por dia para o pai, para mãe, para a irmã, para o gato, para o cão, para o periquito....e por aí em diante........
Enfim, não percebo o porquê, de não ter orgulho de escrever neste blog...pois eu, e creio que os restantes fundadores do blog, têm um orgulho enorme de relatar as aventuras em terras gélidas...podem não ser histórias interessantes....mas eu divirto-me imenso....e percebo agora quando o meu colega pega monstro escrevia no blog dele...e fazia questão de nos avisar para irmos ver....agora sim percebo o que é isto de estar longe...e sentirmos um certo formigueiro quando se ouve a palavra Portugal! Acima de tudo, parecendo que não, mas nós somos patriotas....pouco...mas somos......

Portanto caras escamas....façam favor de escrever no blog.....

Do Widzénia

Finally...

Eis que passadas duas semanas após chegar à "ilha verde", depois de muita burocracia, papelada, telefonemas e emails, finalmente tenho em minha posse A CARTA! Sim, aquela carta que eu quero desde que aqui cheguei e que me vai abrir as portas da Queen's University. Aquela que diz que já sou um "visiting research associate" nesta instituição. Estou a um passo de ser, oficialmente, reconhecido como estudante/staff deste estabelecimento. Já "só" tenho que ir ao student's guidance centre para me orientar... pode ser que me dêem o cartão de estudante/staff como prenda de Natal, porque já todos sabemos como são os serviços académicos.

Wish me luck!

See you later mates!

A pedido......

A pedido de diversas pessoas do sexo masculino, foi-me exigido colocar mais fotos de "gajas".

Lições de moral e um concerto à mistura!

Caras escamas e leitores,
No outro dia, deparei-me com uma situação interessante e relevante para os valores morais que nos são atribuidos enquanto crescemos numa sociedade…neste caso portuguesa.

Em Portugal existem cerca de 20 feriados, incluindo os locais.
Pois bem, num país mais pequeno que é a Bélgica, os feriados rondam o mesmo valor, mas aqui têm sem dúvida outro simbolismo em cada indivíduo, mesmo que sejam o mesmo feriado.

Dia 1 de Novembro é, como alguns sabem, um feriado religioso, pois aqui também. O que acontece, é que nesse dia de todos os Santos, dia dos mortos ou das velas, como o queiram chamar, era um Domingo. Vejam lá que os Belgas, como era um Domingo, passaram-no para a Segunda-feira, para que maior parte dos cidadãos aproveitassem para estar não em casa, mas pelas ruas a passear com os seus entes queridos, amigos ou mesmo a rezar nas igrejas.

Se alguém experimentasse na nossa pátria, adiar ou atrasar um feriado para que o fim de semana fosse um pouco maior, de certo teriamos resultados bem diferentes: uns refilavam por mudar o simbolismo do dia, outros queixavam-se porque preferiam ter uma ponte para ainda prolongar mais o fim de semana, outros ficavam sorridentes, pois era mais um dia de borga, ou farra ou de molessa, ou de repouso. Mas depois de ter passado esse dia, todos recolhem a casa com a sensação de que o dia foi bem passado e que no dia seguinte é dia de trabalhar…isto implica portanto, cumprir os seus horários, chegar antes da hora de trabalho, voltar, ser honesto no trabalho, com o patrão e sobretudo o respeitar os valores morais de uma sociedade avançada que se baseiam no civísmos que lhes foi ensiando logo desde crianças.

Para quem vem de fora, como nós, ir a uma estação de comboios, é divertido mas também caótico, mas aos poucos nota-se um certo padrão no andar das pessoas. Como são mais cás’mães, convém que haja um certa ordem. Na estrada, os carros circulam pela direita, nas ruas, as bicicletas idem, e na estação de comboio, 80% dos transiuntes também o fazem. Parece doentio, mas a verdade é que no transmite uma sensação de ordem/civísmo, civísmo esse que é espelho de uma sociedade respeitadora das suas regras e que funciona bem como país.

Uma das situações que tenho vindo a confirmar e a interiorizar-me desde que tive a enorme vontade de sair de Portugal era a ideia de aprender como ser melhor cidadão, pessoa e mesmo estudante. Confirma-se já o efeito…ainda não circulo pela direita na estação de comboio, mas circular na rua pela direita quando vou de bicicleta já é automático. Será que fui infectado pela doença do civísmo? Pois não sei, mas a verdade é já cumpro as regras como devem ser respeitadas.

Ora pensem lá se a vossa humildade de emigrante vous trouxe algum ordem e adaptação à sociedade em que estão?



Para mudar de assunto e não pensarem que aqui são todos correctos, deixo-vos com um espectacular concerto, dando na Antuérpia pelos Arctic Monkeys! Foi de arrazar e por isso, como não tenho mandado novidades aqui ficam duas pequenas deixas dos jovens artistas.

I

Infelizmente o cabr... do careca estava à nossa frente nesta música, mas não foi for isso que deixamos de curtir. E não, não estavamos na plateia, não por não haver bilhetes, mas porque a Carolina ainda tinha o pé magoado do fim de semana anterior. Foi num pavilhão maior que o Coliseu de Lisboa, mas claro que estava muito bem organizado, completo de gente, dos 10 aos 50 anos de idade e de etnias diferentes.

O que mais me preocupa é o facto de o público ser menos entusiasta que em Portugal, onde as pitas estão histéricas antes do concerto começar. Somos o melhor público do mundo para concertos, verdade seja dita! Eu até tinha medo de aplaudir com os meus assobios muito agúdos nas bancadas, pois todos ficavam a olhar para mim....e eu pensava para mim: Duh, é normal aplaudir com garra se estamos a curtir!!!!

Por ser o centro da Europa, a variedade cultural atenua-se e está sempre a acontecer!

Pois, a nova escama vai ter que clicar muito no teclado para nos conseguir apanhar...é como as cervejas. Quando um amigo/a chega mais tarde à festa, o andamento já lá vai. Vá, toca a contar news!

Um abraço aos meus amigos e amigas que vão seguindo as aventuras dos carapaus

Latino nem sempre é bom dançarino

Caros leitores, já devem estar a desesperar, pois nunca mais se escreveu nada no blog, e compreendo que seja deprimente, quando abrem o blog, veja aquelas figuras ridículas do O´Blackie...compreendo perfeitamente que seja frustrante.....
Portanto vou explicar um pouco a minha noite de ontem.....
Decidi ir beber um cervejita, aqui num bar perto designado de Antarek, quando lá cheguei, encontrei um bar completamente cheio, sem lugar no bengaleiro para colocar o indispensável casaco, e vi uns colegas meus espanhóis e italianos....
Mas eu não estava com muita vontade de dançar, e também para quem me conhece, sabe que não é bem a minha especialidade e muito menos, quando não tenho umas cervejas no "bucho". Portanto fiquei durante um tempo, somente a observar....e bebendo ums cervijinhas e falando com os meus colegas....
De seguida decidimos mudar de bar, denominado de Rakor, já me encontrava com os meus olhos semi-abertos, mas perfeitamente ciente dos meus actos...depois de um cruzamento de olhares e sorrisos, fui falar com uma rapariga, alta, loira, olhos azuis (o normal por estas bandas) na qual estivemos a conversar durante algum tempo, e fiquei espantado com o inglês dela, é muito, mas mesmo muito superior ao meu, não é normal aqui falarem tão bem inglês, pois ela estuda lingua inglesa. Foi uma boa conversa....mas entretanto ela foi embora, pois não morava perto.
Olhei à minha volta e já não sabia dos meus colegas, então decidi me deslocar de novo ao outro bar (Antarek), e fui abordado para dançar por uma rapariga de cabelo castanho e curto, com uns impressionantes olhos verdes...e eu obviamente lá fui, pois já tinha ingerido alguns liquídos, já me encontrava completamente desinibido, e em excelentes condições para brilhar o meu pézinho de dança...foi então que descobri que não tenho jeito nenhum para dançar, com tanta volta, tanto cruzamento de pernas e braços, por alguns momentos pensei que podia partir um braço, senti-me pequeno, mas tinha um grande trunfo....ela falava muito pior inglês que eu...então decidimo-nos ensinar um ao outro, ela a dançar e eu a falar inglês...foi bom...pois aprendi alguns passos de dança...e ela aprendeu novos termos ingleses....eheheh
Portanto caros amigos e leitores, se a vossa vocação é a dança.....aqui podem estar descansados que encontrarão sempre um(a) parceiro(a), pois aqui tanto os polacos como polacas, adoram dançar, mas cuidado para as raparigas, pois aqui os polacos, gostam muito de dançar com as mãos, portanto muitas vezes as mãos tendem a escorregar, para baixo, se é que me entendem. Digo isto porque já constatei este facto e a rapariga dos olhos verdes disse-me o mesmo....

Outra informação, creio que temos mais uma escama, nesta aventura Europeia, mas vamos aguardar por algum post....

Do Widzénia

Halloween

Sábado passado, dia 31, foi dia de Halloween! Ao que parece é uma grande festa local por estas bandas. Já que eles não têm o carnaval, o Halloween extende-se por uma semana. Temos então figuras de bandas desenhadas, figuras de filmes, e tudo o mais, a "passear" pela cidade misturados com os já habituais vampiros, bruxas, lobisomens...whatever. Convidaram-me, então, para uma festa no sábado com o pessoal do lab. E, como não podia deixar de ser, exigia traje. Eu, para variar um pouco, só fui tratar disso no próprio dia... resultado: um vazio tremendo em todas as lojas que, durante a semana, eu via cheias de máscaras e afins. Ou seja, não havia nada para mim, nem uma pintura que fosse, pelo menos para não aparecer com um ar de lauro. Já a roçar o desespero, decidi tentar a sorte na loja de souvenirs. E o que é que arranjei? um traje improvisado de Paddy O'Blackie! Vejam vocês mesmos...

Eu e alguns dos amigos dessa noite, o Carl e o Batty, que teimava em esconder-se na minha barba.

Mais uns amigos da festa! E mantendo sempre a coerência, malta emigrante dá-se é com outros emigrantes. Italianas, sul-africana, um guião(?!? como se chama alguém que é da Guiana?!) e um português.
E aqui já a festa ia avançada porque alguns de nós já estávamos na fase de trocar de personagens. Mas ainda bem, senão nunca tinha descoberto o quão bem que me fica o verde-ácido! A pussycat e a morticia adams também concordaram!

Na noite de Halloween propriamente dita decidi estar mais festivo, deixando a máscara de morto-vivo para o dia seguinte. Foi melhor assim...

See you later laddies!

Também trabalho....e pior viagem da minha vida!!

Caros leitores, vou relatar dois dias da minha vida aqui na Polónia.

Fui para uma aldeia (Rutky) trabalhar na minha tese.....
No dia 29 (Quinta-Feira), eram 5h13 da manhã e o meu despertador tocou, lá fui tomar uma banhoca com água morna, portanto o dia não começou logo muito bem, fiz a mala e fui de táxi rumo à estação dos comboios (designada de Dworzec Zachodni). Cheguei 20min antes do hora marcada e esperei pelo meu colega de laboratório, Konrad P....... não me recordo do nome mas sei que é muito complicado de pronunciar e escrever.

Lá se colocámos no comboio rumo a Gdañsk (no Norte, junto ao mar Báltico), na qual, iriamos depois apanhar o autocarro para a tal aldeia. tive a sorte de tirar uma foto a uma rapariga muito...muito gira, sem ela ver claro, eheheh, está um bocado longe, mas só quero realçar que estava muito frio, mas nem assim elas (polacas) deixam de andar de saias curtas. Bem, mas isto foi um aparte. À direita é uma foto de um horário dos autocarros. É extremamente dificil perceber o que lá está escrito. E esta foto também não é das melhores.
Prosseguimos a viagem rumo ao destino, na qual, demorámos 1h30 para andar 25km, pois a estrada estava em obras! Às 13h00 chegámos ao ansiado destino, centro de aquacultura onde produzem algumas espécies de peixes, numa aldeia onde não se vê quase ninguem. Lá, encontrei-me com meu coordenador, Konrad Ocalewicz, e começámos a trabalhar, ou seja, apanhar uns peixes (híbridos com 1ano de idade de duas espécies diferentes de truta, creio) e retirar umas amostras de sangue, rins e barbatanas.

Na primeira foto estou eu, no meio o meu coordenador e à direita o meu colega de laboratório, como podem ver na segunda foto, eu afinal também trabalho, e não ando por aqui só na borga e outras coisas do género, como já pude constatar nos comentários. Eu, afinal de contas, vim para a Polónia, para quem não sabe acabar o meu Mestrado em Aquacultura.

De realçar, que também fiz m.... , a fazer lembrar os tempos áureos do templária nas aulas práticas, ou seja, como português que sou, e a mania que sabemos fazer tudo, também tentei fazer sozinho, mas obviamente troquei algumas substâncias e estraguei duas amostras. Segunda-Feira irei verificar se fiz mesmo m.... ou não!

No dia seguinte, Sexta-Feira, de manhã bem cedo, voltei ao laboratório, para continuar, acabando aproximadamente às 13h. De seguida fiz-me de novo à estrada e chegámos à estação dos comboios de Gdañsk, antes do tempo, então fomos comer ao McDonalds, é mais barato do que em Portugal!

Agora vem a parte pior de toda esta pequena aventura....

Comprámos os bilhetes de comboio para regressar a Olsztyn, e quando o comboio chega....estava cheio, eu para entrar tive de empurrar as pessoas e fiquei junto à porta. Portanto imaginem uma viagem de 3h, em pé o caminho todo, pareciamos sardinhas enlatadas, sem espaço para dobrar um joelho. Eu pensava que os nossos comboios em Portugal eram maus, mas esqueçam, aqui é muito mau mesmo, imaginem quando alguém queria ir à casa de banho, o sofrimento que era para todas as pessoas. Podem imaginar a quantidade de vezes que tive de recorrer àqueles nomes portugueses...f... da p... ; c..... do c...... entre outros tantos.

Enfim, a pior viagem da minha vida, com certeza....

Curiosity...

Por acaso, alguém anda a remover comentários dos posts..?

Some Irish Photos...

Greetings everyone! Já fez uma semana que estou em Belfast e confesso que tenho sido um pouco tímido no que toca a socializar. Isto implicando tirar fotos, sair à noite e sim, miúdas também. Ainda estou em processo de adaptação e "rotinização" acho... Ainda assim, de vez em quando, lá me solto um pouco. Vou então mostrar-vos umas quantas fotos que já tirei.

Para começar, esta é a minha linda casa, Holly Grove 3. O meu quarto é a janela no rés-do-chão, do outro lado da casa, mais para a esquerda. E a claridade que têm na foto, é a claridade de um dia bom (que foi quando cheguei, entretanto já piorou...)

Este é mais o tom de cinzento-céu habitual. E não estava a chover muito, nem quero pensar como será a chuva forte aqui. Se fosse um dia "normal", lá ao fundo ver-se-ia verde e mais casas. Esta foto foi tirada do MBC, o edifício onde "trabalho" e onde se fazem todos os estudos relacionados com saúde e ciências da vida. A seguir podem ver onde me sento para ler artigos e passar o tempo. É aquele espaço da secretária que não tem nada... sim, é por ela ser tão bonita que não lhe ponho nada em cima.

Em cima está o meu pedaço da bancada, onde a ciência é feita! Se fizerem um zoom podem ver que naqueles frascos está escrito o meu nome, porque fui eu que os preparei! Ah pois! E quem fizer um GRANDE zoom aos tubos pequenos pode ver as minhas bactérias TS68-RDM. Para aqueles que pensavam que era só nas canárias e no méxico que se trabalhava com bichinhos...

Estes são alguns dos meus companheiros da "curry night", ao que parece um jantar que já está estabelecido. Todas as 5as no Weatherspoon's por "five quid" temos um prato de caril e uma bebida, é um bom negócio por estas bandas! Para os mais curiosos, a única coisa irlandesa na foto é a Guiness. As raízes dos restantes prendem-se no Canadá, Rep. Checa, Jamaica, China, Brasil e EUA. Continua a ser difícil o convívio com os locais...

E para finalizar, o restaurante que vai abrir em frente a este onde estivemos, o mundialmente famoso (a loira da foto disse que comeu lá na Austrália e gostou!), reconhecido pelo seu "peri-peri chicken", para demonstrar que nós estamos realmente em todo o lado e que não temos medo de nada, Naaaaaaaaaaaaaaannndoooooooooooo's!!!

See you later. Cheers!

Curiosidade idêntica

Meus caros,

Quantos de vós foram abordados nos corredores das faculdades por aqueles acenar de cabeça seguido de um fechar de boca mais abrupto mesmo que esta esteja já fechada, ou sorrisos amarelos como cumprimento de colega de faculdade que no fundo quer dizer que por cortesia nos cumprimentamos sem sequer sabermos a origem, o formato, a étnia ou mesmo o que lá estão a fazer?!

Pois é, tal como na FCMA da UAlg, este cordial cumprimento mantém-se inalterado mesmo para os lados da Bélgica, respectivamente na minha faculdade de nome Wetenschappen, querendo isto dizer Ciência.

Só um desabafo!

Muh

Muitos parabéns Muh, apesar de serem um dia atrasados...sempre chegaram. A culpa é do Jet-Leg!

Bjs e despacha lá essa bodega pa ires nadar para outros nichos com a tua escama bem brilhante!

De Haan (o Galo)

De Haan , que quer dizer o Galo, é uma pequena vila no meio dos 75kms de costa, que a Bélgica tem a Norte.

Apesar de já cá estarmos hà mais de 1 mês, os meus colegas de curso (EMBC) ainda era algo estranhos para mim...nem todos, mas maior parte. Eis que uma amiga (Johanna) alemã mas de sotaque totalmente british decidiu convidar a turma toa para um mega fim de semana junto ao mar onde esta tem uma maravilhosa casa de férias...zona de ricos.

No total somos 18 alunos, mas só 10 compareceram para o tal encontro (no total eramos 12 porque havia mais 2 pax doutras origens). A ideia era conhecer-nos melhor uns aos outros e como é típico de outras culturas, os meus colegas Indiano, Chinês e os 2 Banglalis inventaram desculpas para não ir...creio que existe por vezes receio de choque cultural e hábitos diferentes o que torna as coisas mais complicadas para os Ocidentais que querem sempre conhecer mais pessoas e são mais abertos, a meu entender.

Complicações à parte, depois das aulas embarcamos, uns de carro, outros de comboio para o NW da Bélgica, mas como isto é pequeno, demoramos cerca de 40 min para fzer 60 km que distanciam Gent e De Haan.

No Sábado à tarde, depois de todos estarem reunidos fomos até à praia, que estava com um ar muito triste e cinzenta mas cheia de locais a passear os seus cães e crianças como um fim de semana normal. O mais extraordinário é que estava a chover desde manhã, o que não nos impediu de fazer uma mega tartaruga na areia, mas deixou-nos bem encharcados.

Confesso que ainda não me banhei nas águas do mar do Norte, mas esse mergulho há de vir...não é pelo frio, nem pela chuva ou falta de sol, mas é mesmo porque a água por estas bandas é bem suja, ou em termos científicos, apresenta bastante resusspensão de matéria orgânica, uma visibilidade acima do 1metro de profundidade e pouca ondulação.

Noite de cartada, copos, musica, jantarada e imaginem só que aqui também se joga "Jungle Speed", aquele que tem o pilão de madeira no meio da mesa...

Já no domingo, estava um dia fabuloso, tirando o vento, acordarmos tarde devido à festa que fizemos em casa e da hora ter mudado, lá tomamos o pequeno almoço a horas decentes para um Domingo e decidimos sair das 4 paredes para apanhar ar.

Alugamos umas bicicletas/carro com pedais, flinstones para 11 (6 lugares com pedais e outros 3 para ocupantes passivos mais 2 para crianças). Em uma hora conseguimos estragar o 1carro (depois fomos lá trocar), a Carolina torceu o pé, conseguimos fazer saltar uma roda do 2º carro, o que fez com que tivessemos que empurrar o carro, em vez de pedalar. O que vale é que estavamos bem dispostos.

Als het u Belieft

De fiesta en Morro Jable

Após dois de dias de sair à noite, nas supostas frenéticas noites de sexta e sábado, a conclusão não podia ser mais clara: a noite de Morro Jable não está definitivamente direccionada para as minhas necessidades.
A verdade é que já algumas pessoas me tinham advertido que a noite não era propriamente o forte desta cidade, mas a mesmo assim tinha esperança de poder satisfazer os meus vícios boémios nesta cidade que me traz à memória algumas cidades das algarvias que se encontram saturadas de hotéis. Em Morro Jable mais ou menos 60% são hotéis de quatro e cinco estrelas e em qualquer restaurante à semelhança de algumas zonas do Algarve, a emente vem primeiro em alemão, depois inglês e por último em espanhol. Também as típicas lojas de turista são uma constante, onde facilmente se podem encontrar camisolas da selecção inglesa e alemão não oficiais, fatos de banho onde as marcas tem as letras trocas, t-shirts com piropos sexuais e uma panóplia de artigos que facilmente se podiam encontrar numa feira ambulante. Pondo isto, não vislumbrava nenhuma razão para a noite não puder rivalizar com uma Vilamoura já que têm tantas coisas em comum, até me aperceber que o turismo é todo virado para a terceira idade e que é bastante mais selectivo que outros sítios visto que até agora ainda não vi nenhum hotel que tivesse menos de 4 estrelas.
Alheio a isto lá fui eu todo confiante para a noite de Morro Jable para o bar mais popular de cá de nome, imagine-se, Tortuga. A verdade é que é bastante agradável e se enquadraria facilmente na noite de farense, onde as paredes se encontram repletas de alusões a piratas, tartarugas e surf, e tem um grupo que toca ao vivo todas as sextas-feiras que segundo a cartaz exposto à entrada tem como especialidade reagge, rock e blues.
Cheguei justamente quando o concerto estava prestes a começar, e de cerveja em cerveja e com uma banda sonora espanhola lá me fui desinibindo e pensando para com os meus botões, que não sendo propriamente uma noite polaca, belga ou irlandesa, a verdade é que á falta de algo mais perto, até que pode ser um bom sítio para descomprimir de um dia de árduo trabalho uma vez que conheça alguma das trinta pessoas que compõem normalmente o bar. Após algumas musicas completamente desconhecidas para mim, e após ter observado a proeza do guitarrista em tocar com os dentes durante uns segundos, eis que reconheço finalmente uns acordes, por sinal da musica should I stay or should I go dos the Clash. De imediato deixei-me invadir pelas cervejas até então ingeridas e pela música. E assim foi, dei por mim alegremente a bater o pé e a trautear os acordes quando para meu espanto a música estava em traduzida em espanhol! Como já não bastasse dobrarem todos os filmes, também alteram as letras dos clássicos. Durante o resto da musica mantive me perplexo e dizendo meia dúzia de uns expressivos e portugueses fod… put…que pari..estes estes espanhóis! Até ao final da noite de realçar que á semelhança do Lizbona, vi me metido num confronto ibérico, mano a mano versão matraquilhos, do qual me desembaracei facilmente, com uma impressionante solidez defensiva e uma eficácia exímia. A única coisa que do nosso confronto lamento, foi o facto de meu opositor se encontrar demasiado bêbado para que eu pudesse vangloriar o nosso país e a qualidade de jogo que apresentamos. Quando regressei a casa por volta das três da manha notei que ao pé da do bar tortuga, se situavam duas casas de alternem, que seguramente vão ser exploradas no futuro e que à semelhança das restantes escamas, tive pela primeira vez o reflexo de vestir uma camisola devido à frescura da maresia que se fazia sentir.

Para as gajas....

Depois de ter falado com a minha colega Mafalda pelo skype.....e me ter pressionado, o porquê de só colocar fotos de mulheres, foi-me exigido que colocasse fotos de "PAISAGENS", que coisa tão lamechinha.....mas aqui vai......

Manter a forma....

Como em qualquer outra região Universitária Europeia, a noite de Quinta-Feira, é algo indispensável. Eram 9h da noite e decidi ir comer qualquer coisa, mas obviamente não tinha nada em casa para comer.....e então decidi vestir umas calças de fato de treino, e ir ao supermercado (designado de "Rast") a 50m da minha casa. Então qual foi o meu espanto, que quando chego à rua me apercebo que havia um concerto a outros 50m da minha casa junto ao lago, numa tenda gigante, tipo semana académica, e que na rua havia dezenas de pessoas a passar e beber cerveja, e quando chego ao Rast, havia aproximadamente 100 pessoas, uns à porta outros no supermercado, mas tudo com cervejas na mão, filas gigantes para pagar! Quando me apercebi de tal algazarra nesta noite, mudei também a minha finalidade das compras, ou seja troquei os cereais, por uma sopa instantânea, e o leite por 4 cervejas de 0,5L cada, que me custou numa módica quantia de 3€ no total! Bem e lá fui para casa comer a tal sopa, e arranjar-me, e beber as minhas cervejas. Os meus colegas de quarto, como é o ultimo ano, já não têm paciência para estas andanças, então bebi sozinho, sem qualquer receio. Nos quartos à minha volta, estavam também todos em festa. Decidi comparecer na residência dos espanhóis e italianos para saber se queriam ir, à tal tenda, mas aqui tal como em Portugal, as mulheres é que mandam....ou seja, elas diziam que tinha muito frio, entao que iam sair para o centro da cidade, para o mesmo bar de todas as 5ªF, na qual tive uma mais ou menos boa e má experiência na ultima saida, na qual não irei explicar, então, deixei-os e fui sozinho para a tenda. Com a minha 3ª cerveja, rumo à 4ª, quando lá cheguei tinha de pagar 10 Zlotys (cerca de 2,5€), então fiquei indeciso porque só tinha 20Zlotys, ou seja, chegava mas depois não tinha muito dinheiro para beber mais qualquer coisa. Voltei para trás e fui para o bar normal que se situa a 20m da minha residência, que estava cheio de gente, encontrei um colega espanhol e dois turcos, que por acaso andavam todos, mais ou menos entrelaçados, julgo eu com 3 polacas. Então fui pedir uma cerveja, e ao meu lado encontrei uma rapariga que tinha conhecido à umas semanas, na qual fiquei deslumbrado, com os olhos dela, nunca tinha visto uma rapariga com uns olhos tão giros (morena de olhos muitos azulinhos) e que ainda por cima gosta de futebol e diz que irá apoiar Portugal, no Mundial! Falámos, dançámos e trocámos numeros de telemóvel, e ela foi para casa e eu fiquei no bar. Acabou assim (imagino os futuros comentários que os meus caros leitores irão fazer, mas no problem) Fiquei no bar, e encontrei três vizinhas minhas, então passei o resto da noite com elas, a dançar, falar, beber umas cervejas, brindar, em que eu as ensinei a dizer, "À nossa e à delas................e o resto já sabem, e elas ensinaram-me a brindar em polaco, enfim, foi bom...no fim convidaram-me para ir beber um cházinho e comer uma tosta no quarto delas...e assim foi....
Foi uma noite algo diferente mas muito boa....

No dia seguinte podem imaginar, a minha ligeira dor de cabeça, provavelmete devido à sopa instantânea, e tal com dizia o falecido António Variações, "quando a cabeça não tem juizo o corpo é que paga" então às 5h da tarde, para castigar mais o meu corpo, fui correr para o estádio, 5 voltas a correr sem parar (o que par mim é bastante, 2000m) e outra volta a andar, fiz uns alongamentos....e espreitei para um campo para ver se estava alguém a jogar à bola...e realmente estava.....um muido provavelmente com 10 anos, a jogar sozinho, então lá fui eu jogar com o rapaz (logicamente que só falava polaco) portanto começou a falar comigo, não percebi nada, e eu só disse "Portugalski e Cristiano Ronaldo" e ele sorriu e correu em direcção à baliza e eu rematava...tivemos 20 min, eu a rematar e ele a "tentar" defender. Eu estou muito forte e certeiro...ehehe....depois fui para casa!!! E hoje estou a escrever obviamente com dores musculares por tal exigente exercicio fisico.
E assim se passaram mais uns dias na friorenta, mas fogosa Polónia! Mudei estes termos porque o meu irmão me disse que estava a ser muito repetitivo e básico...então...mudei.....

Do Widzénia

desahogos

Depois de ter voltado de Cofete a verdade é que ainda não arranjei um pouso. Eu e a minha amiga madrilena Lucía, que me acompanha nestas andanças e que verdade seja dita foi a grande responsável por estarmos aqui já que foi ela que fez grande parte dos contactos e eu simplesmente me limitei a apanhar o comboio para as Canárias a partir de uma certa altura, continuamos à procura de casa pois continuam a insistir a enfiarem-nos no mesmo quarto. A verdade é que nos damos bem mas ambos concordamos que vinte e quatro horas sobre vinte e quatro horas, vai para além do razoável. Assim de momento estamos a estudar alugar outro quarto no hotel escola em que nos encontramos, já que nos oferecem um, e que é bastante prático visto que nos oferecem comida, lavam a roupa, até ao momento temos internet no quarto e a companhia de uns 30 cabo verdianos que até agora foram os únicos negros que vi neste arquipélago que se encontra a umas quantas milhas de distância de África vai se lá saber porque.
Relativamente ao projecto, pela terceira vez adiaram a reunião, estando esta marcada para terça-feira, que é quando vem o tal supra sumo das tartarugas de Espanha, Luís Filipe, e mais as suas três discípulas Ana, Maria e Saray, que juntamente com Lucía e as duas funcionarias que nos ajudam, fazem parte do elenco que me rodeia.
Todos os dias saio de rastos, com o pivete a peixe, mas com um sorriso estampado na cara com o sentimento de dever cumprido, ainda para mais agora que me deram 120 tartarugas e 2 tanques para gerir como bem entender.
Finalmente o facto de ao ler os testemunhos e verificar toda a sua vida boémia e a mescla de nacionalidades com que convivem todos próprios de cidades universitárias, enquanto eu convívio apenas com espanhóis e cabo verdianos e até que provem pouco sociáveis, deixa-me um pouco apreensivo. Como tal dentro de uns momentos eu e Lucía vamos apanhar o ultimo autocarro rumo à zona que imagina-mos mais propícia para o acto de socializar e esperar que a noite nos prenda até ao recomeço da circulação de autocarros e que alguma historia digna de relatar já que seria sinónimo de uma noite de sucesso.

First night out in Béal Feirste

São duas da manhã, mas até à meia hora atrás vinha eu para casa a ver o meu bafo quente milhentas vezes, tantas quantas respirei, enrolado no meu casaco de feltro e lá dentro, enrolado na minha sweat (tá frio, se ainda não perceberam), e à minha volta toda a gente pensa que está em albufeira, em julho. É incrível, uma e meia da noite e está toda a gente a ser convidada a sair dos bares, eles em t-shirt, elas de mini-saia e tops sem mangas, e já estão todos para lá do ponto de consumo. Por mais incrível que pareça a noite acabou. E não há cá ficar a beber à porta do bar e curtir antes de ir para casa. Se o frio não vos afugentar, a proibição de beber na via pública dará conta disso. Entretanto, vou para o 3º dia em Belfast e ainda só conheci um local, de resto a maior parte, cerca de 90% das pessoas com quem convivi são do continente americano, distribuídas pelo Canadá, EUA e Brasil. Funny...

E claro que pelo caminho já testemunhei a presença dos nossos queridos conterrâneos. Existe aqui, e na Austrália também, uma cadeia de restaurantes chamada Nando's, famosa pelo peri-peri chicken! Logo ponho aqui uma foto para quem não acredita.

Quando vinha para casa a pensar, pensava que o texto seria mais engraçado, agora que chegou ao fim constato que não passou de um excesso, ou mistura, de cerveja. Esta noite já estive na Irlanda, República Checa e Alemanha (2x!). Agora ia bem um bolinho...

Abraços e beijinhos

Greetings from Béal Feirste!

Começou ontem a aventura quando às 8 da manhã as rodas do avião largaram o solo e eu pensei para mim "agora é que vão ser elas".

Não me aconteceu nada de estranho, tudo correu bem e por volta das 3 da tarde, pisava um chão totalmente diferente. Encontrava-me agora no George Best Belfast City Airport. Que grande pinta! Nunca tinha visto um aeroporto que tivesse nome de jogador da bola, esta é nova. Depois de ter as malas resolvi praticar o inglês e lá fui ao "tourist information" saber qual era a melhor maneira de ir parar a Elms Village, o condomínio da universidade, onde me encontro agora. Lá soltei uns quantos "excuse me" e outros tantos "whats", porque esta pronúncia é bem complicada de entender, e optei pelo autocarro. É mais barato e não demorava muito mais do que um táxi, por isso... O primeiro bus que apanhei só me levava até ao centro da cidade e lá teria que apanhar outro até ao meu destino. Tudo correu normalmente, tirando o facto de que enquanto esperava pelo bus ter passado um carro cheio de miúdas que me atiraram um queque de chocolate. Não me acertaram, mas será que foi propositado ou acidente? Se fosse um queque normal, mas de chocolate?! Não será demasiada coincidência?! Enfim... também era hora de ponta e consegui atrapalhar imensa gente a entrar, ou sair, do bus devido à minha malona, nada de mais.

Cheguei ao meu condomínio de luxo, fiz o check-in, indicaram-me onde ficava o edificio onde estou agora e não tive a sorte do Lizbona que se deparou com uma festa. A única coisa que me esperava era um quarto vazio e uma cama sem almofada ou cobertor! Ainda assim foi uma boa noite.

Hoje lá tive que ir descobrir o meu local de trabalho. Perdi-me, como era óbvio que iria acontecer, cada vez que perguntava a alguém mandavam-me "visitar" outro edifício que não o que eu queria, portanto já conheço todos os sítios que não precisava de conhecer, mas lá dei com o lab e com os meus colegas de trabalho. E se pensavam que no Reino Unido é que se fazem as coisas bem, desenganem-se, a minha papelada não está tratada e como a senhora que estava a tratar disso só volta na 2ª, como me disseram no student guidance centre "you're not here yet!" e como ainda não estou cá, fiz o que fazem todos os emigrantes, juntei-me a outro, o Mark, que é checo, mas estudou em Toronto, Praga, Londres e agora Belfast, nesta mesma ordem, e fomos almoçar. No Caffé Renoir conheci mais duas canadianas que não me lembro o nome, comi uma ganda pizza por 5 libras, que não é muito, e claro que fui o último a acabar, e fui convidado para ir jantar "curry", que é como quem diz caril, mas em britânico, com mais uns quantos emigrantes.

Por isso fico-me por aqui agora, porque ainda tenho de ir descobrir onde fica o restaurante e, claro está, chegar atrasado. Afinal de contas, eles também vão ter de se habituar.

Ainda não tenho uma saudação típica por isso vão os habituais abraços e beijinhos!

De volta às origens

Hoje voltei a ter a minha aula de food and fish feedings (Triple F), supostamente com a minha tradutora particular (Anna), mas ela hoje portou-se muito mal, pois ela não compareceu....portanto podem imaginar como foi a aula! Em português já eu tenho dificuldades em entender, em inglês muito mais, então em polaco nem vale a pena explicar...
Como o título indica, porquê de volta às origens??? Digo isto porque os meus novos colegas de turma (todos polacos) fazem as mesmas brincadeiras de homem, que nós em Portugal, ou seja, roubam sementes para atirarem em cima uns dos outros às escondidadas da professora, atiram papelinhos com a esferográfica, por vezes acertam nas raparigas que estão muito sossegadas a prestar atenção, e que fazem cara feia, e ameaçam bater nos rapazes...mas depois até acham piada e riem-se, escondem as canetas uns dos outros, enfim tudo coisas que eu próprio fazia (diga-se que não foram assim à tantos anos atrás) e que vocês, caros leitores, também o fizeram....portanto foi com alguma nostalgia e sorriso estampado na cara que vi todas estas coisas.... como podem imaginar ainda não estou à vontade para estas coisas...e é complicado para mim....pois parece-me que eles são muito gozões...então como não falamos a mesma lingua, é melhor mostrar alguma maturidade.
Aproveito agora também, com muito pena minha, dar os parabéns ao FCPorto que ganhou ontem, e espero poder ver o meu GLORIOSO via internet a esfolar os manientos dos ingleses....

Conviviendo con tortugas

Pouco a pouco a minha cabeça, que teimou em ficar mais uns dias em Cofete, volta a reencontrar-se com o meu corpo em Morro Jable, o qual não perdeu tempo em se conspurcar novamente com valores como stress e a fadiga que existem em qualquer meio civilizado que se preze. Lentamente a ideia de uma casa de banho que não seja ao relento começa a ter a sua lógica e essas caixas mágicas que nos trazem imagens de todo o mundo começam novamente a parecer-me familiares de um passado não muito distante.
Uma rotina de trabalho começa a mecanizar-se que consiste em começar pelas 9 da manha a laborar com as quinhentas e tal tartarugas que nasceram, limpando-as, curando-as, alimentando-as, medindo-as e explicando aos turistas, ou melhor desbobinar aos turistas toda uma lengalenga que de tantas vezes dita me começa a soar familiar. Ainda hoje, num destes rituais quando explicava a uma família alemã toda uma panóplia de curiosidades relacionadas com a temática das tartarugas, fui surpreendido por um gesto de apreço inesperado quando este nos deixou na caixa das contribuições uma destoante nota de 50 euros! Enfim estes alemães ou são muito ligados às causas que envolvem tartarugas, ou fui visitado por um magnata alemão qualquer hoje que se queria livrar das notas de 50 euros por capricho, ou simplesmente enganou-se na nota, já que adjectiva-lo de louco me parece um pouco injusto tendo em conta a sua contribuição.
E é assim que se avizinha os meus próximos meses uma espécie de 101 dálmatas em versão tartarugas. Numa tentativa de dar um pouco mais de colorido à vida destes meus novos companheiros comecei a baptizar alguns dos membros desta nova geração até onde a minha imaginação me permitiu, deste imortalizar a minha família mais próxima, passando por oferecer como prenda de aniversário ao meu primo a possibilidade de apelidar uma tartaruga ou só simplesmente porque sim.
Imagino que se uma tartaruga pudesse falar iria com certeza preferir chamar-se Donatelo, Rafael, Miguel Ângelo ou Leonardo (estes quatro eram óbvios mas não resisti em dá-los) do que C53, H32, X47 ou K2. Até já existem duas tartarugas que por sugestão de outras duas escamas, ficaram imortalizadas com o nome da mais azarada de todas as escamas e da escama que anda a partir corações pela Europa central. Como fruto destes pequenos gestos e graças ao ambiente contagiante com que tenho vivido todos estes dias, começo a ganhar uma empatia por estes bichos, e a verdade é que quando me aparece deles despromovido de vida, o meu subconsciente que provoca um silêncio um pouco desconfortável por alguns segundos, gesto este que ainda não me preocupei em dissecar.





Para além deste quotidiano no mínimo atípico, ando com o jipe da organização numa altura em que cumpro mais ou menos um mês de carta. A realidade é que devo de admitir que é me inevitável andar todo emproado à medida que cruzo as ruas Canárias e sou bombardeado com meia dúzia de olhares dos mais curiosos, mas normalmente este sentimento não dura muito tempo, pois caio desamparado na firme e dura realidade após deixar o carro ir abaixo e as janelas me parecem tão grandes onde se torna impossível esconder-me. Para que fique registado para a posteridade, aqui vos deixo um desses típicos momentos de ostentação.

Conjugação de letras

Recentemente descobrimos que aquelas palavras-chave usualmente utilizadas por estrangeiros recém chegados, como: obrigado, muito obrigado, de nada, se faz favor, olá, adeus e afins nada se comparam com a linguagem de origem latina.

Por exemplo, se estou num supermercado ou num café, e recebo troco do produto, o empregado/a muito educadamente responde : als het u belieft, querendo ele/a dizer toma lá se faz favor, mas não se enganem, porque, por mais educados que possam ser, verifiquem sempre o troco...há ratolas por todo o mundo, não é só em Portugal.
Adeus: tot ziens
Obrigado: Dank u, que mais soa a dar o CU, Cartão Único... Muito obrigado: Dank u well
Novamente, o als het u belieft, serve para de nada, mas imaginem que também se utiliza para se faz favor e indo ao google, a tradução é mais que uma simples expressão, mas são pelo menos 3.

Ora, aqui estão as pragas das bicicletas numa das ruas mais movimentadas pelos estudantes da cidade, no dia do "Kick off", a chamada recepção ao caloiro, que se protagoniza pela existência de inúmeros jovens estudantes, uns mais que outros, num evento cultural: levantar o copo várias vezes por noite, com uns concertos de fundo e muito gargalhada à mistura.

Com cerca de 60.000 estudantes que a cidade tem, em que 4 em 5 têm bikes, agora façam as contas para os estudantes, fora os residentes, que no total são cerca de 237.000 paxs...
Na idade média, Gent tornou-se numa das maiores e mais ricas cidades do Norte da Europa, será que era por isto? ->

<- Ou por isto?

Qual seja ela a razão, isto é de facto uma cidade a pôr nos vossos roteiros.

Ast het u belieft...que no fundo se diz: " Óstublift"

Esclarecimentos

Quero recordar a quem já não se lembra, que tínhamos acordado apenas escrever e "fazer parte" do blog quando chegássemos ao nosso destino. Por isso, parem lá de se queixar que são sempre os mesmos a escrever e sei lá mais o quê... Creio que falo acertadamente, e em nome de todas as restantes escamas silenciosas, quando digo que quem nos dera já não estar por Portugal. Mas pelas mais variadas razões não é possível, será para breve...

E por último, neste Natal, não queria estar a oferecer gramáticas da língua portuguesa a ninguém, por isso esforcem-se lá um pouco e façam pontuação correcta, ponham acentos nas palavras e tentem não dar erros. Afinal de contas, somos todos licenciados!

Abraço

Majestuosa Cofete

Agora que tenho novamente internet, pouco a pouco lá vou arranjando tempo para conseguir relatar e situar estes meus últimos dias.
Assim aqui vos deixo o sítio por onde andei perdido nos últimos tempos, a magnifica praia de Cofete. Podem não ser fotos repletas de beldades nórdicas mas também têm muito encanto.