terça-feira, 27 de abril de 2010

Estatísticamente...

Já pareço um político, prometo e não executo!
Hà umas semanas atrás prometi deixar umas imagens e novas histórias...o que só hoje está a acontecer. A verdade é que estou de molho em casa porque o clima decidiu invadir-me de tosse e outros. Como todas as escamas devem ter reparado, o tempo primaveril instalou-se durante bastante tempo. Parece incrível, mas não chove em Gent hà mais de 3 semanas. Por esse motivo e talvez por atitude minha, achei que podia andar de t-shirt sem problema...até cheguei a ir à praia, mas o tempo por cá é matreiro e deixo-me fraco por uns dias...Enfim, chega de tempo e doenças.
Não sei se sabem, mas o Mitch e Fred inscrevera-se para fazer este mestrado no próximo ano...a meu ver será um mestrado de muito trabalho, amigos novos, ambientes diferentes e claro, viagens inevitáveis à Holanda # )
Por cá está-se bem, tou a fazer uma cadeira de estatística que não cabe na cabeça do diabo, porque o prof. chileno é janado dos cornos! Para além de não aprendermos nada de jeito, a aula é deveras secante! Ao menos passamos a saber mexer no software statistica.
Estatisticamente, esta provado que os alunos têm um aumento de desempenho académico quando o professor é bom ou quando o tema nos interessa e é explicito...por isso, a todos que pensam seguir uma carreira de docente, sugiro que sejam interactivos e vivos quando derem aulas, porra! Porque, afinal de contas, a gente paga pa isso, né?!!
Estou feliz pelo sininho, que está a dias senão horas para partir de terras lusitanas e destinar-se a local onde irei, por conicidência, performar o meu estágio, como algumas escamas sabem. Fico-lhe inteiramente grato, pois para além de abrir novos caminhos aos carapaus, o sininho será uma referência para o que o futuro me reserva. Ele dar-me-a conselhos, tal como eu darei às nossas escamas mais novas (Mitch e Fred).
Há cerca de 1 mês e meio tive uma cadeira de importância extrema, no que diz respeito aos meus interesses. A introdução a sistemas de informação geográfica (GIS) teve os seguintes resultados.
Já outras cadeiras mais práticas envolveram saidas de campo ao triste mas muito movimentado estuário do "WesterScheldt"...que é quase impronunciável, mas como demonstram as imagens.

Reparem que a meu ar escuálido e gordo é sinónimo de falta de sol por estas bandas! Ao menos já me meti no Remo!
Pouca coisa me resta dizer senão boa sorte para o sininho, templária e que as outras escamas mantenham o seu nivel de trabalho e atitude acima de tudo!
Ouvi dizer que o objectivo era chegar aos 100 posts...vamos a isto carapaus!

domingo, 25 de abril de 2010

Y ahora mi niño?

Ora bem, nem sei por onde começar com tantas voltas e reviravoltas que a minha aventura por terras Canárias deu. Após ter provado na pele toda a lentidão, angustia e por vezes incompetência por parte da minha orientadora de cá, para que a minha tese arranca-se, (desde os inícios de Novembro ate meados de Março) eis que dou por mim irremediavelmente de volta à casa de partida. Depois de todos os contratempos que fui vítima, que passaram desde o atraso nos alimentos, à incerteza nas metodologias ou por diferentes prioridades da minha coordenadora, descobri com grande pena minha que as metodologias estavam erradas…é o que dá esperar sentado que as coisas nos caiam no colo e não ter sentido critico, já o meu paizinho mo dizia.
Resumidamente dei-me conta que consideraram o peso seco e o peso húmido dos alimentos que estou a utilizar como iguais, fazendo com que certas tartarugas estejam a comer mais do que deviam. Após uma semana e picos de inúmeros mails, telefonemas e pesquisas, acompanhados por todas as fazes próprias destas situações como pânico, irritação, frustração, depressão, aceitação e reacção, cheguei à conclusão que dificilmente o que estou a fazer aqui me vai servir para a tese, tendo que para o ano aventurar-me por outras paragens. Até agora não tinha confrontado as minhas responsáveis, talvez um pouco por apatia ou por medo, pois elas sempre me arranjavam uma explicação plausível e eu lá me conformava, seguro que estava em boas mãos, eis quando se deparou perante mim este erro crasso da metodologia e a usual explicação deu lugar a um “desculpa”. Após muitas voltas e conselhos, lá conclui que a melhor opção seria terminar o que eu estou a fazer para que possa aproveitar ao máximo esta situação, podendo depois analisar os dados e perceber se ainda posso espremer uma publicação daqui ou não mas ao menos isso parece me possível. Gostava de puder dizer que tão a ser umas ferias mas a verdade é que nunca o foram porque desde que aqui cheguei que o lazer foi posto para segundo plano, como tem de ser, e fico com a sensação que podia ter desfrutado mais caso as coisas tivessem corrido como eram de esperar, mas enfim à que ser pratico e se possível optimista. Visto que a Lucía já terminou o seu projecto e regressou à península, deparei-me com este problema que por vezes se tornou maior do que eu e sem puder falar com ela sem ser pelo telemóvel ou com as outras escamas que se encontram espalhadas pelo velho continente pelo skype, visto que aqui a internet parece que tem vontade própria e raramente colabora comigo. Nesta situação acabei por falar com um professor de pintura que também se encontra a viver no hotel escola, que ate essa altura o tinha rotulado como o que se pode chamar na gíria como um “carocho” ou “frito” tal era a quantidade de fumo que se parecia ter alojado na sua cabeça durante um tempo indeterminado e o desajustamento que por vezes revelava. Mas enfim, não me recordo bem como acabamos a conversar mas lá fomos começando a trocar ideias á media que o quarto e as nossas mentes se enchiam de uma neblina espirituosa e ele lá me contou, entre outras coisas, que tinha sido alcoólico durante vinte penosos anos e uma serie de experiencias e conselhos lá foram brotando da conversa. A verdade é que ganhei um respeito imenso por ele. Tudo bem que não saiu totalmente inteiro desses vinte anos mas consegui sair, coisa que já por si é de valorar. Mas o que mais me impressionou foi o quão claro tinha os seu princípios e convicções cimentadas, dei me conta que mesmo tendo já uns avançados 50 anos, ele encontra-se verdadeiramente preparado para a vida e as suas contrariedades ao contrario de muitos que têm uma vida dita normal, mas que nunca vão estar preparados para fazer alguma coisa ela. Ao fim ao cabo a vida passa por todos nós, mas poucos de nós conseguimos realmente contraria-la. A nossa conversa lá segui, com conselhos mútuos à media que as nossas mentes se tornavam pequenas demais para os nossos corpos tal era a quantidade de fumaça que as tinha invadido. A verdade é que nossa conversa me ajudou bastante e senti-me um pouco frágil e infantil pelo simples facto de ter estado tão angustiado por me ter desencaminhado por uns míseros meses, visto ter diante de mim a situação e a pessoa em questão. Não é que tenha perdido estes últimos meses, sinto uma grande evolução quer em termos pessoais e académicos …lá está comecei a ver as coisas de uma maneira pratica e se possível optimista como tem de ser. Assim depois de falar com a minha mãe e o meu pai, lá decidimos durante o próximo mês tentaria ser o mais profissional por assim dizer, terminar o que comecei e voltar à nossa pátria.
Passados uns dias vou ao nosso abandonado blog e dou com o post do nosso amigo Sinocas e dos seus preparativos. Imagino que para vocês, igual que para mim, não deve ter sido muito difícil imaginar o Sininho e o pai Sininho, os dois às oito da manhã na garagem com umas calças de ganga velhas e uma caixa de ferramentas, cheios de engenhocas e invenções para arquitectar o seu novo meio de transporte, que se arrastam até ao final do dia, após um banho para se limparem do suor e da ferrugem, deitarem-se na cama sem conseguirem dormir por estarem com a cabeça cheia de novas ideias e opiniões que no dia seguinte serão discutidas no pequeno almoço antes de se aventurarem novamente na garagem. Imagino que não devem ter sido nada fáceis estes últimos meses para ele também, mas lá consegui ser prático e optimista e agora deve estar nas suas sete quintas.
É com estes pequenos episódios que lá vou conseguindo força para não passar o dia a lamentar-me e a devorar rum com mel e cigarros e a conseguir ser também prático e optimista. Assim nestes próximos dias encontro-me decidido a encontrar todas as lacunas e as suas soluções do meu projecto e tentar fazer dele o melhor possível, mesmo que não me sirva para que era suposto, ao menos ganho experiencia e uma abordagem cientifica que no futuro seguramente irão ter a sua utilidade.
Parafraseando Sergio Godinho " Isto é como tudo, não há de ser nada"

quarta-feira, 14 de abril de 2010

La Macchina

Ora bem,
como todos sabem, o meu meio de transporte, para me deslocar até Lecce, será a minha auto-crib. Trata-se de uma carrinha de 2 lugares com uma "casa" no compartimento de carga.
Após muitas e muitas horas de trabalho, eis que este meu projecto ( e do meu pai), está quase terminado, e como já vi demonstrações de curiosidade, sobre o estado do meu trabalho eis que resolvi colocar aqui umas fotos.
É de notar que a cama pode ser para 2 pessoas, tem arrumação debaixo desta, tem uma mesa com um camping-gaz, iluminação, etc.
ATENÇÃO- o que vão ver ainda não está 100% terminado, ainda faltam alguns pormenores, como acabamentos e forragens, mas está quase!
espero que gostem!







terça-feira, 13 de abril de 2010

The News

Ora boas malta!
A pedido de muitas famílias, venho por este meio esclarecer a minha situação actual.
Como já devem todos saber, o meu destino seguirá para Lecce, no Sul de Itália, virado para o Mar Adriático e como já devem ter percebido, a minha odisseia está com dificuldades para arrancar. O ultimo contratempo, e espero que seja mesmo o ultimo, são os documentos do meu carro que tardam em chegar, pois de resto estou pronto para partir.
O plano é o seguinte: tenho uma carrinha, tipo kangoo mas maior, onde fiz uma casinha no compartimento de carga, onde tenho a possibilidade de dormir e cozinhar. O trajecto será de Caldas da Rainha até Barcelona, onde apanho um ferry até Livorno. Daqui sigo para a costa Este de Itália e desço até Lecce. Ainda não ponho as fotos da minha nova casa porque ainda faltam alguns retoques, esperem por novas publicações para a ver, caso estejam interessados.
Como podem ver o meu nome ainda se mantém na versão antiga, esclareço que só o mudarei quando chegar a Lecce, estou à espera da inspiração que a viagem me der!
Fico-me com este pequeno post, para que fiquem com algumas luzes com o que se vai passar com esta escama que tarda em partir.
Ciao