Visita inesparada

Pois é, caros leitores, no fim de semana seguinte, o meu irmão e a minha mãe vieram-me visitar....visitámos Gdañsk, Varsóvia e a "floresta negra", vimos bambis na estrada, vimos uma perseguição da policia num Renault megane mas altamente modificado, atrás dum Audi, pois aqui os traços continuos ou descontinuos é exactamente a mesma coisa. É como se não existissem...
Levei o meu irmão à grande noite de Olsztyn, escusado será dizer que o dia seguinte a minha mãe não ficou muito contente, pois o cheiro a alcóol, era muito percptível, mas também já está habituada.....
Eu fiquei muito contente com esta visita, e penso que eles também gostaram, o tempo esteve muito bom....algo que não é muito normal.
Quase me esquecia, o meu irmão e minha mãe apanharam o avião e eu vim de comboio para Olsztyn, logico que encontrei portugueses, parece que nós estamos em todo o lado, parecemos uma praga. Tive a falar durante muito tempo com um rapaz polaco, que esteve em Erasmus em Espanha e foi a Portugal....e foi muito boa a conversa...ele perguntou-me se eu conhecia o Quim Barreiros, cantou "gosto de mamar nos peitos da cabritinha" e "ponho o carro, tiro carro" diz que gosta do Benfica e simpatiza com o porto. E eu aí tive de lhe dizer, ou um ou outro, os 2 maiores rivais é que não...então ele decidiu-se pelo Glorioso, ensinei-lhe umas musicas dos NN, e disse que se o nosso Glorioso fosse à final da Uefa, acho que é em Hamburgo, que ele também iria. Portanto o meu Glorioso é enorme, e nem com a lagartada, que hoje devem de andar radiantes como se tivessem sido campeões do mundo, conseguem apagar esta chama....

Do Widzénia

Viagens e festas

Olá a todos, caros leitores...Imagino que já tenham saudades das minhas histórias e aventuras...

Talvez por relaxamento e preguiça, não tenho escrito nada, mas deve-se a ter tanta coisa para dizer que nem sei por onde começar....Bem mas aqui vai.....
No dia 13 de Novembro, foi organizada pela ESN (não sei o que quer dizer, mas são um grupo de polacos que organizam viagens e festas para os erasmus) uma viagem a Gdañsk, Sopot e Gdynia. Para quem não sabe, fica a Norte junto ao mar Báltico, são três cidades muito perto uma das outras. Tipo Lisboa (Gdansk), Loures (Gdynia) e Odivelas (Sopot). Gdañsk é provavelmente a 3ª cidade mais importante da Polónia. Como o dia 13 de Novembro foi uma 6ªFeira, podem imaginar que a partida foi bastante atribulada, pois aqui a noite de 5ªFeira é muito forte, então para não variar, foi uma correria até ao comboio, pois o risco de o perder era muito grande, uma questão de mais 10 seg e ficava em terra. Uma vez entrados no comboio, abriram-se as mochilas, e começámos a sacar, as cervejas, a famosa vodka com um sumo qualquer, e começámos a nossa aventura. Primeira paragem, foi em Malbork, a duas horas de caminho, visitar o maior castelo da Europa, realmente é gigante, enorme mesmo, na qual foi 70% destruido durante a 2ª guerra Mundial, pelos russos dum lado e pelos alemãos do outro, também tirei uma foto ao mapa do leste da Europa nessa terrivel época, russos e nazis. Realmente nós Portugueses não temos a mínima noção do que se passou aqui, a Polónia foi dos países mais dizimados, provavelmente foi 70% destruido, começando depois do 0.

Mudando de assunto, lá fomos rumo a Gdynia para nos instalarmos, numa residência idêntica à minha mas muito maior com cozinha e WC. Fiquei num quarto internacional, um Português (Eu), Espanhol (Alejandro) e um Polaco (Piotrek). Acho que não é muito difícil perceber pela foto quem é quem. Quando chegámos fomos atestar os quartos com mais bebidas e fomos sair....para um bar discoteca, onde havia pessoas de 50 e tal anos a dançar, foi um mix de gerações, no final tive que levar o Alejandro em ombros para casa, pois vomitou-se todo. Dia seguinte, de manhã cedinho, apenas dormimos 3 horas, já estávamos acordadinhos para ir visitar outra cidade que não me lembro do nome, e lá fomos todos desorientados da cabeça. Muito giro, mas a minha paciência era pouca, queria era dormir. De seguida fomos para casa dormir, e preparar-nos para mais uma noite. Agora em Sopot...bem meus caros leitores, aquilo parecia Albufeira no Verão, bares e discotecas dum lado e de outro, ruas cheias de gente, até casino tinha, foi preciso eu vir à Polónia para ir a um casino, logicamente que perdi dinheiro, 5€, e lá fomos depois para uma discoteca....e vocês não têm noção, cheio de gente, mulheres lindas, provavelmente homens lindos isso não sei, mas as Italianas é que diziam). Nessa discoteca, havia uma competição de dança altamente exótica, ou seja, no meio de toda a gente abria-se um espacinho e ia para lá uma rapariga dançar, mas minha nossa que dança, tipo Shakira a dançar no chão, de bikini, com roupinhas muito reduzidas...culturas completamente diferentes, mas muito engraçada.

No dia seguinte fomos para Gdañsk, visitar a parte velha, é muito bonito, e com muita história. E a parte melhor é que até aqui na Polónia o Sporting é humilhado, tal como em Portugal, toda a gente lhes passa por cima. É um leão verde, com cara de enjoado, vá-se lá perceber porque é que os lagartos andam enjoados, e fiz questão de lhe meter os meus pés todos sujos em cima......portanto como podem imaginar, aqui também o Sporting á alvo de gozo. De seguida fomos almoçar, a um restaurante, e por incrivel que pareça, encontrei um Português que estudou na Universidade do Algarve, e que jogáva futebol na equipa de Economia, e que sentiu na pele o poderio dos incríveis originais Carapaus de Corrida, ele é que me reconheceu, talvez pelo prática do meu futebol, ficou-lhe na retina aqueles meus passes de génio....eheheh. Ele está a trabalhar cá na Polónia, portanto digam-me qual é a probabilidade de encontrar uma pessoas conhecida em terras gélidas como esta?...mas acontece. De seguida....dirigimo-nos para a estação e rumámos de novo a Olsztyn...E assim se passou um fim de semana diferente, nesta Polónia fria, mas muito aconchegante.

Do Widzénia

Coincidências

Naturalmente que em qualquer programa académico, há sempre visitas de estudo e desta vez estive no museu de História Natural em Bruxelas na 4ª feira e na 6ª feira fui à Holanda a um centro de investigação de ecologia marinha.

A principal aquacultura que por cá se semea são os mexilhões e também Ostras. As empresas são bastantes qualificadas e o seu sucesso no mercado é enorme, o que quer dizer que têm que estar sempre a produzir e a vender. Isto implica empresas grandes com instalações e tecnologias de ponta. Para que haja um controlo e uma sustentabilidade do produto, existem obviamente centros de investigação dependentes destas explorações de recursos. O NIOO é um centro de investigação muito conceituado por estas bandas e a IMARES é mais uma, que funcionam lado a lado na margem do rio OosternSchelde. Empresa onde trabalha a Isabel de BMP (madrinha do Zé Pedro), como investigadora… Já encontrei um primo em Paris há uns anos, com outro primo cruzei-me em Florença durante o meu interrail, mas nunca esperava encontrar a Isabel na Holanda. São estas coindicências que nos fazem ter encontros imediatos para contar a outros.
Pois é Daniel, imaginava que irias encontrar o Diogo e Catarina aí pelas Canárias, porque já aí estão há algum tempo, mas estava justamente à espera isto tivesse acontecido. Simplesmente não sabia onde andavas concretamente no meio dessas ilhas.

Depois do encontro imediato, porque foi mesmo imediato, voltei para continuar a visita de estudo pelo centro de investigação, onde o equipamento tecnólogico é de ponta e custos estonteantes. Depois de algumas horas de viagem com a turma toda, que mais parecia uma cresce dentro do BUS, agarrei no carro e fomos até ao Luxemburgo para casa da minha tia que é emigrante há mais de 20 anos, mas que está muito bem na vida. Pudera…a trabalhar como enfermeira no parlamento europeu e o Luxemburgo tendo um ordenado mínimo são 1600€ é normal!

Ostras a serem comidas pelo urso lusitano…note-se que já tenho um cabelo branco!

O Luxemburgo é brutal, cheio de florestas e vilas tipicamente medievais com muita influência alemã, pós-guerra. Claro que vivem com o ódio dos alemães, mas isso são problemas mais pessoais. Infelizmente não tem mar, mas é um país tentador, porque o nível de vida é bem bom…daí os emigrantes portugueses que representam 18% da população…é muita fruta!

Sininho, quando é que isso está bom?quando vens, para eu te por na minha lista de pessoas e locais a visitar?

Apesar das notícias boas, também há das más: hoje roubaram-ma a bicicleta…cabr….nunca hei de apanha-los no meio destas milhões de bicicletas que circulam por aqui!

Castelo de Vianden, Luxemburgo

Tanque e canhão anti-aereo usados na II Guerra Mundial em Clervaux, Luxemburgo

Olor a Portugal

No inicio deste mês, aproveitei o fato do meu pai fazer anos e voltei assim ao nosso Portugal, para reavivar saudades e voltar durante duas noites, às boémias noites de um tal de bairro alto, desta vez com sotaque italiano. Serviu também para reencontrar o conforto de vestir uma camisola ou de me aconchegar com uma manta pela noite.

Quanto a novidades pelo que percebi ainda continua meio país histérico com a gripe A, e o tema ainda serve para preencher o inicio dos diversos noticiários. Visto que por terras canárias ainda não chegou tal doença, falo-vos de uma praga a nível mundial que nem a modesta cidade de Morro Jable escapa: os emigrantes portugueses. Não querendo obviamente menosprezar ou criticar esta classe, porque ao fim ao cabo todas as escamas pertencem ou irão pertencer a esta classe, mas a verdade é que não me posso deixar de surpreender de como os descobrimentos e a necessidade de zarpar para outras terras ainda nos é tão intrínseco do povo lusitano, e quase de certeza que até ao final das vossas estadias vão encontrar algum portuga para ai desterrado se é que ainda não o encontraram. No meu caso este encontro de terceiro grau deu-se em quatro ocasiões: ao deparar-me com esse clássico acessório de emigrante que é o cachecol da nossa seleção num tablier, ao perguntar uns horários de autocarro e me responderem num familiar portunhol, ao recorrer a essa atividade tão criativa, juntamente com a Lucía, de reciclar cadeiras ou mesas que se encontram à espera de serem recolhidas pelo camião do lixo e ser denunciado por umas quantas pragas destinadas ao peso do sofá, ou através do conhecimento de pessoas em comum. Esta ultima situação leva-me ainda a falar de outra estirpe desta praga, já sofria pelo nosso amigo pega por terras mexicanas: o de encontrar outro BMP por terras estrangeiras! Pois está bem que em ilhas diferentes, mas vim encontrar a Catarina e o Diogo, acho que ambos têm mais uns quatro anos acadêmicos em cima que nós, e sendo o Diogo o irmão da Mafalda (Mafaldofca) se bem se recordam nos fez o favor de massacrar as nossas até então imaculadas mentes num tal jantar de mestres e de nos fazer comer esse jantar de molas com a ajuda de um outro amiguinho (azar o meu que me calhou um alarve na rifa). Não me interpretem mal, claro que é sempre bom encontrar pessoas que partilham a nossa língua e cultura, e que nos cedem com toda a naturalidade um teto só por estas afinidades (como foi o caso do fim de semana passado que aproveitamos e fomos ao WOMAD em Las Palmas, que é um festival um pouco na onda do musicas do mundo), mas não deixa de ser estranho o fato de nunca conseguirmos ser os únicos portugueses num sitio.

Entretanto, posso não estar rodeado de nórdicas ou ir a concertos, mas aproveitei o fim de semana e fui ao festival anual de papagaios de papel... imagino que pode parecer um pouco infantil mas a verdade é que passei uma agradável tarde na praia, igual a um miúdo de 10 anos a correr de um lado para o outro com um sorriso de orelha a orelha e que no final acabou com mais fotos que papagaios, mas valeu a pena.

Para finalizar, finalmente começo a sair da minha concha e a socializar com a comunidade cabo verdiana como com os locais, imaginando que futuras historias com estes elencos não irão faltar!

The Cove!

Meus amigos,

Aconselho-vos a ver "The Cove", um documentário sobre a caça furtiva aos Cetáceos pelos Japoneses.

Já em exibição nos cinemas perto de si!

Marine life in the north

Afinal não é só nas Canárias e no México que há tartarugas! Elas também gostam de se vir refrescar às águas frias do lago Strangford, junto à "cidade" costeira de Portaferry, e são extremamente vaidosas e fotogénicas! Ora vejam lá a minha amiga Couraça.

Aqui em Portaferry, também há um santuário de focas, para onde são trazidas aquelas que são encontradas em fracas condições, e que provavelmente morreriam caso não lhes dessem uma ajuda. Aqui ficam até recuperar a saúde e gordura, que exibem com muito orgulho, e depois são soltas de volta à "wilderness"!

Happy endings in Norn Iron! Ahah

Croeso i Bangor

Caros companheiros de blog e caros leitores, antes de mais, apresento aqui o meu sincero pedido de desculpas por não ter escrito mais cedo. Não vou tentar justificar esta falha, pois este atraso foi puro desleixo da minha parte.

Cheguei a Bangor, sábado dia 7 de Novembro, por voltas das nove da noite. A viagem foi longa e muito complicada, com algumas peripécias. Desde o taxista que me quis 'comprar' com uma viagem rápida de Liverpool até aqui por 130 Libras, desde o primeiro comboio em que entrei que parou logo na estação seguinte e não andou mais, desde andar carregadíssima com malas (claro, coisas de menina) e ter que mudar de comboio umas duas vezes, etc.

Para além de tudo isto, estava com um grande problema sempre a pesar na minha consciência: um lugar para dormir, pelo menos, na primeira noite. Sim!!! Andei de Bed & Breakfast em Bed & Breakfast, a perguntar se ainda havia vagas para ficar umas noites, e à segunda tentativa lá consegui.

Confesso que os primeiros dois dias foram muito difíceis, o estar longe dos pais, dos amigos, da família, não poder continuar com os 'hábitos portugueses', a preocupação de não ter uma casa onde ficar, sei lá, um monte de sentimentos que não ajudam muito, por mais vontade que se tenha em viver novas experiências num país novo e totalmente desconhecido! Mas agora, finalmente estou instalada, e bem instalada, numa 'private accommodation' apenas para estudantes.

Esta escama brilhante mas desleixada promete dar noticias em breve!!!

Não percebo.....

Quero anunciar....que temos uma nova escama em terras Europeias, provavelmente a pessoa em questão deve andar muito ocupada a jogar dominó, ou a fazer limpezas, ou a comprar almofadas, ou a ver os preços do papel higiénico, ou falar dez vezes por dia para o pai, para mãe, para a irmã, para o gato, para o cão, para o periquito....e por aí em diante........
Enfim, não percebo o porquê, de não ter orgulho de escrever neste blog...pois eu, e creio que os restantes fundadores do blog, têm um orgulho enorme de relatar as aventuras em terras gélidas...podem não ser histórias interessantes....mas eu divirto-me imenso....e percebo agora quando o meu colega pega monstro escrevia no blog dele...e fazia questão de nos avisar para irmos ver....agora sim percebo o que é isto de estar longe...e sentirmos um certo formigueiro quando se ouve a palavra Portugal! Acima de tudo, parecendo que não, mas nós somos patriotas....pouco...mas somos......

Portanto caras escamas....façam favor de escrever no blog.....

Do Widzénia

Finally...

Eis que passadas duas semanas após chegar à "ilha verde", depois de muita burocracia, papelada, telefonemas e emails, finalmente tenho em minha posse A CARTA! Sim, aquela carta que eu quero desde que aqui cheguei e que me vai abrir as portas da Queen's University. Aquela que diz que já sou um "visiting research associate" nesta instituição. Estou a um passo de ser, oficialmente, reconhecido como estudante/staff deste estabelecimento. Já "só" tenho que ir ao student's guidance centre para me orientar... pode ser que me dêem o cartão de estudante/staff como prenda de Natal, porque já todos sabemos como são os serviços académicos.

Wish me luck!

See you later mates!

A pedido......

A pedido de diversas pessoas do sexo masculino, foi-me exigido colocar mais fotos de "gajas".

Lições de moral e um concerto à mistura!

Caras escamas e leitores,
No outro dia, deparei-me com uma situação interessante e relevante para os valores morais que nos são atribuidos enquanto crescemos numa sociedade…neste caso portuguesa.

Em Portugal existem cerca de 20 feriados, incluindo os locais.
Pois bem, num país mais pequeno que é a Bélgica, os feriados rondam o mesmo valor, mas aqui têm sem dúvida outro simbolismo em cada indivíduo, mesmo que sejam o mesmo feriado.

Dia 1 de Novembro é, como alguns sabem, um feriado religioso, pois aqui também. O que acontece, é que nesse dia de todos os Santos, dia dos mortos ou das velas, como o queiram chamar, era um Domingo. Vejam lá que os Belgas, como era um Domingo, passaram-no para a Segunda-feira, para que maior parte dos cidadãos aproveitassem para estar não em casa, mas pelas ruas a passear com os seus entes queridos, amigos ou mesmo a rezar nas igrejas.

Se alguém experimentasse na nossa pátria, adiar ou atrasar um feriado para que o fim de semana fosse um pouco maior, de certo teriamos resultados bem diferentes: uns refilavam por mudar o simbolismo do dia, outros queixavam-se porque preferiam ter uma ponte para ainda prolongar mais o fim de semana, outros ficavam sorridentes, pois era mais um dia de borga, ou farra ou de molessa, ou de repouso. Mas depois de ter passado esse dia, todos recolhem a casa com a sensação de que o dia foi bem passado e que no dia seguinte é dia de trabalhar…isto implica portanto, cumprir os seus horários, chegar antes da hora de trabalho, voltar, ser honesto no trabalho, com o patrão e sobretudo o respeitar os valores morais de uma sociedade avançada que se baseiam no civísmos que lhes foi ensiando logo desde crianças.

Para quem vem de fora, como nós, ir a uma estação de comboios, é divertido mas também caótico, mas aos poucos nota-se um certo padrão no andar das pessoas. Como são mais cás’mães, convém que haja um certa ordem. Na estrada, os carros circulam pela direita, nas ruas, as bicicletas idem, e na estação de comboio, 80% dos transiuntes também o fazem. Parece doentio, mas a verdade é que no transmite uma sensação de ordem/civísmo, civísmo esse que é espelho de uma sociedade respeitadora das suas regras e que funciona bem como país.

Uma das situações que tenho vindo a confirmar e a interiorizar-me desde que tive a enorme vontade de sair de Portugal era a ideia de aprender como ser melhor cidadão, pessoa e mesmo estudante. Confirma-se já o efeito…ainda não circulo pela direita na estação de comboio, mas circular na rua pela direita quando vou de bicicleta já é automático. Será que fui infectado pela doença do civísmo? Pois não sei, mas a verdade é já cumpro as regras como devem ser respeitadas.

Ora pensem lá se a vossa humildade de emigrante vous trouxe algum ordem e adaptação à sociedade em que estão?



Para mudar de assunto e não pensarem que aqui são todos correctos, deixo-vos com um espectacular concerto, dando na Antuérpia pelos Arctic Monkeys! Foi de arrazar e por isso, como não tenho mandado novidades aqui ficam duas pequenas deixas dos jovens artistas.

I

Infelizmente o cabr... do careca estava à nossa frente nesta música, mas não foi for isso que deixamos de curtir. E não, não estavamos na plateia, não por não haver bilhetes, mas porque a Carolina ainda tinha o pé magoado do fim de semana anterior. Foi num pavilhão maior que o Coliseu de Lisboa, mas claro que estava muito bem organizado, completo de gente, dos 10 aos 50 anos de idade e de etnias diferentes.

O que mais me preocupa é o facto de o público ser menos entusiasta que em Portugal, onde as pitas estão histéricas antes do concerto começar. Somos o melhor público do mundo para concertos, verdade seja dita! Eu até tinha medo de aplaudir com os meus assobios muito agúdos nas bancadas, pois todos ficavam a olhar para mim....e eu pensava para mim: Duh, é normal aplaudir com garra se estamos a curtir!!!!

Por ser o centro da Europa, a variedade cultural atenua-se e está sempre a acontecer!

Pois, a nova escama vai ter que clicar muito no teclado para nos conseguir apanhar...é como as cervejas. Quando um amigo/a chega mais tarde à festa, o andamento já lá vai. Vá, toca a contar news!

Um abraço aos meus amigos e amigas que vão seguindo as aventuras dos carapaus

Latino nem sempre é bom dançarino

Caros leitores, já devem estar a desesperar, pois nunca mais se escreveu nada no blog, e compreendo que seja deprimente, quando abrem o blog, veja aquelas figuras ridículas do O´Blackie...compreendo perfeitamente que seja frustrante.....
Portanto vou explicar um pouco a minha noite de ontem.....
Decidi ir beber um cervejita, aqui num bar perto designado de Antarek, quando lá cheguei, encontrei um bar completamente cheio, sem lugar no bengaleiro para colocar o indispensável casaco, e vi uns colegas meus espanhóis e italianos....
Mas eu não estava com muita vontade de dançar, e também para quem me conhece, sabe que não é bem a minha especialidade e muito menos, quando não tenho umas cervejas no "bucho". Portanto fiquei durante um tempo, somente a observar....e bebendo ums cervijinhas e falando com os meus colegas....
De seguida decidimos mudar de bar, denominado de Rakor, já me encontrava com os meus olhos semi-abertos, mas perfeitamente ciente dos meus actos...depois de um cruzamento de olhares e sorrisos, fui falar com uma rapariga, alta, loira, olhos azuis (o normal por estas bandas) na qual estivemos a conversar durante algum tempo, e fiquei espantado com o inglês dela, é muito, mas mesmo muito superior ao meu, não é normal aqui falarem tão bem inglês, pois ela estuda lingua inglesa. Foi uma boa conversa....mas entretanto ela foi embora, pois não morava perto.
Olhei à minha volta e já não sabia dos meus colegas, então decidi me deslocar de novo ao outro bar (Antarek), e fui abordado para dançar por uma rapariga de cabelo castanho e curto, com uns impressionantes olhos verdes...e eu obviamente lá fui, pois já tinha ingerido alguns liquídos, já me encontrava completamente desinibido, e em excelentes condições para brilhar o meu pézinho de dança...foi então que descobri que não tenho jeito nenhum para dançar, com tanta volta, tanto cruzamento de pernas e braços, por alguns momentos pensei que podia partir um braço, senti-me pequeno, mas tinha um grande trunfo....ela falava muito pior inglês que eu...então decidimo-nos ensinar um ao outro, ela a dançar e eu a falar inglês...foi bom...pois aprendi alguns passos de dança...e ela aprendeu novos termos ingleses....eheheh
Portanto caros amigos e leitores, se a vossa vocação é a dança.....aqui podem estar descansados que encontrarão sempre um(a) parceiro(a), pois aqui tanto os polacos como polacas, adoram dançar, mas cuidado para as raparigas, pois aqui os polacos, gostam muito de dançar com as mãos, portanto muitas vezes as mãos tendem a escorregar, para baixo, se é que me entendem. Digo isto porque já constatei este facto e a rapariga dos olhos verdes disse-me o mesmo....

Outra informação, creio que temos mais uma escama, nesta aventura Europeia, mas vamos aguardar por algum post....

Do Widzénia

Halloween

Sábado passado, dia 31, foi dia de Halloween! Ao que parece é uma grande festa local por estas bandas. Já que eles não têm o carnaval, o Halloween extende-se por uma semana. Temos então figuras de bandas desenhadas, figuras de filmes, e tudo o mais, a "passear" pela cidade misturados com os já habituais vampiros, bruxas, lobisomens...whatever. Convidaram-me, então, para uma festa no sábado com o pessoal do lab. E, como não podia deixar de ser, exigia traje. Eu, para variar um pouco, só fui tratar disso no próprio dia... resultado: um vazio tremendo em todas as lojas que, durante a semana, eu via cheias de máscaras e afins. Ou seja, não havia nada para mim, nem uma pintura que fosse, pelo menos para não aparecer com um ar de lauro. Já a roçar o desespero, decidi tentar a sorte na loja de souvenirs. E o que é que arranjei? um traje improvisado de Paddy O'Blackie! Vejam vocês mesmos...

Eu e alguns dos amigos dessa noite, o Carl e o Batty, que teimava em esconder-se na minha barba.

Mais uns amigos da festa! E mantendo sempre a coerência, malta emigrante dá-se é com outros emigrantes. Italianas, sul-africana, um guião(?!? como se chama alguém que é da Guiana?!) e um português.
E aqui já a festa ia avançada porque alguns de nós já estávamos na fase de trocar de personagens. Mas ainda bem, senão nunca tinha descoberto o quão bem que me fica o verde-ácido! A pussycat e a morticia adams também concordaram!

Na noite de Halloween propriamente dita decidi estar mais festivo, deixando a máscara de morto-vivo para o dia seguinte. Foi melhor assim...

See you later laddies!