Prefazendo em média uns 300 kms por dia, chegamos a Fécamp, perto de Le Havre, onde dormimos no meio de uma floresta junto ao mar e com a maravilhosa ajuda do camping’ gaz pudemos fazer maravilhosas petiscos.
Antes de podermos ir tomar um banho decente em casa do David em Roscoff, paramos ainda em Dinan que é também muito bonita, viva e parecida do a cidade do Luxemburgo. Já em Roscoff, aproveitamos a estadia para respirar o ar marítimo e jantar num restaurante sem fonices, antes de rumar a Sul pela costa Oeste. Nessa noite a Carolina e eu decidimos ir até Lorient que é uma cidade feia e com muitos pedintes, mas conseguimos acampar numa praia com sapos por todo o lado…foi hilariante! No dia seguinte guiamos até Saint Nazaire onde pudémos descançar numas esperguicadeiras de um bar de praia. A Joe e Anna vinham ao nosso encontro, não fosse eu estar fisgado para apanhar umas ondas, rumamos até Les conches, dica que um ex-surfista nos deu.
Como estava a chover, alugamos uma pequena casa de campismo onde pudémos tomar um banho decente e dormir confortavelmente. No dia seguinte bem cedo, fui apanhar umas onda pequenas mas simpáticas, onde a Joe se juntou a mim, mal chegaram. Ao sairmos da água, dirigimo-nos até La Rochelle, cidade muito fixe com um uma grande espírito náutico, almoçando por lá e aproveitando o sol e calor que se fazia sentir para comer um “crêpe avec nutella”. Continuamos a guiar em fila indiana até Blaye, cidade quase fantasma, pois a escuridão da noite não nos permitiu ver onde estavamos a ir, até que um pequeno sinal de campismo apareceu, como se estivesse à nossa espera. Seguimos o sinal e começamos a entrar numa vila dentro duma fortaleza – citadelle do século XV muito interessante, onde conseguimos pernoitar à borla mesmo junto do campismo, percebendo pela manhã que tinhamos encontrado um spot fenomenal mesmo por cima do rio Gironde. Pela manhã apanhamos o ferry até Lamarque. A ideia era ir até à costa, Lacanau para ver como estava o surf, mas demasiado vento “onshore” se fazia sentir para que as ondas pudessem estar ordenadas. Acabamos simplemente por almoçar por lá, com a ajuda do camping’ gaz e decidimos seguir até Hossegor – Capbreton pela autoestrada. Como chegamos muito tarde e era uma zona muito habitada por surfistas, decidimos procurar um campismo onde pudessemos repousar e jantar mais uma vez à moda do desenrrasca. De manhã fui alertado pelo som de um animal a farejar os nossos pertences e deparei-me com um labrador da casa que estava a abrir o saco do chouriço que o André amavelmente tinha trazido de Portugal para Gent. O cão, como não conseguia rasgar o plástico, começou a comê-lo, obrigando-me a sair da tenda de boxers e um casaco para ver se o ele não engolia aquilo tudo, não fosse ele dar o “treco”. Sem eficácia, não consegui evitar que ele engolisse aquilo tudo de seguida, incluindo saco, chouriço + corda + ferrinho que unem as duas pontas do mesmo…espero que o cão não tenha tido problemas gastrointestinais. Depois deste episódio animal, rumamos a San Sebastian, já em Espanha, mas nós dois seguimos até Bilbao passando pela costa brutal, enquanto que elas ficaram em Biarritz. Ao chegar a Bilbao, deparamo-nos com o trânsito e talvez devido à nossa fadiga e esperança de chegar a Gijón, deixamos a visita desta cidade para um dia mais tarde, pois queriamos ver se encontravamos casa para o semestre seguinte. Dormimos nessa noite no campismo da cidade e acordamos a ver a baía junto ao mar que é brutal e onde agora vivemos! Fizemos uns telefonemas a fim de procurar casa, mas chegamos à conclusão que maior parte delas são casas de praia onde os senhorios alugam durante o Inverno a quem estiver interessado. Ainda demos um salto a Oviedo, onde fica a minha Universidade, mas queriamos chegar ao Porto a casa do Toni nessa noite.
Parque de campismo em Gijón mesmo junto ao mar...a nossa casa é num desses prédios:
A Carolina fazia anos nesse dia, por isso, apesar de passar maior parte do dia no carro, conseguimos chegar à Granja para comer uma francesinha e uns finos acompanhados pelo hospitalidade do António. Ainda fomos às “Galdérias” ou galerias no Porto para conhecermos o “bairro alto” de lá finalizando a noite de uma forma bastante suave, pois o cansaço enfraquecia-nos. O Açor tinha muitas saudades minhas e eu dele, por isso ainda lhe dei alguns carinhos…o feroz, mas amável canino queria inclusivamente vir connosco no carro. Pela tarde chegamos finalmente a Lisboa, onde estivemos com família, amigos e tal, fazendo no total desde Gent, 3.600 kms e gastando 4 depósitos de gasóleo! Agradeço a fiabilidade que o Opel Corsa D sempre me deu!
Com isto me despeço e de seguida seguem as notícias de Gijón…
Beijinhos e abraços
Si e Carol