quinta-feira, 25 de março de 2010

por dios

Antes de passar para o teclado as historias e novidades que já me vão revolvendo a cabeça, tenho de contar um marcante episódio, que não só vai ser um dos vários marcos desta minha passagem por terras majoreras, mas como uma lição que irá perdurar para o resto dos meus dias. Após um dia em que nada de produtivo surgiu para além de, polémicas à parte, descobrir que só vou ter um dia de férias na semana santa, ter feito a siesta espanhola na praia embalado pelas ondas do mar e ter visto um filme sem relevância absolutamente nenhum para o meu crescimento como ser pensante, é quando desço para o jantar que chego ao cenário desta minha marcante experiencia.
Sentei me com um professor de colégio infância com os seus quarenta e picos anos ao jantar, que anteriormente lhe tinha emprestado o disco externo para que visse alguns filmes. Aqui no hotel escola há uns quantos professores de substituição, que ao ficarem aqui por um curto espaço de tempo escolhem ficar alojados aqui por questões de comodidade. Mas a voltando à história, eis que me sento com ele e tive a minha primeira conversa realmente interessante desde que cheguei aqui com os canários. Deambulamos através de diversos tema como livros, politica, religião e filmes com a companhia de um prato de atum com massa. Estava-mos a fazer a passagem do tema dos livros para os filmes, que geralmente nunca é boa ideia porque se perdem demasiadas coisas, quando uma rapariga que estava ao nosso lado de nome Laura, uma majorera de gema, entra na conversa, por iniciativa do professor com que estava a falar (vergonhosamente não sei o seu nome) e começou a falar do popular Avatar. Lá fomos dialogando e eis que a certa altura a Laura nos começa a falar de um filme que tinha visto mas que era uma coisa muito estranha e que tratava de um homem que tinha ido à lua e encontro um miúdo que desenhava cabras…veio me um único livro à memoria mas não quis acreditar que era o mesmo mas meio a medo meio estupefacto lá lhe perguntei se o filme não se chamaria Principezinho e a suposta lua o asteróide B612, e como resposta recebo um sorriso rasgado e um olhar a transbordar de cumplicidade dizendo, sim sim esse mesmo!
Meus caros leitores e interessados, acho nesse momento me passaram pela cabeça os conselhos dos meus queridos pais matutando-me a cabeça dizendo que os livros são sempre melhores que os filmes e que se deve ler sempre antes de ver filme. Tudo bem que tem razão mas há certos livros que por uma razão ou outra não lemos e passamos directamente ao filme, ou porque não nos apetece, ou porque o livro se apresenta demasiado maçudo ou porque na altura estamos simplesmente curiosos, pessoalmente à anos que quero ler o Perfume e o Nome da rosa, mas o principezinho?! Para mim dos livros mais bonitos que li em toda a minha vida e que pela sua simplicidade pode ser lido por qualquer faixa etária, ter sido passado a um filme? E existirem pessoas que só viram o filme em saberem da existência da grandiosa obra que existe por detrás? A verdade é que na altura só me apetecia abanar a cabeça e dizer lhe com esta juventude onde vamos parar, arrepia-me a ideia de no futuro alguns dos meus contemporâneos pensarem que o principezinho é só um filme. Tudo bem que não o ler já por si é grave mas existir um filme? Estamos perante um dos maiores atentados da literatura a meu ver, e eu recuso-me solenemente a ver o filme porque a única coisa que faria seria reduzir o livro. Enfim serviço público à parte acho que todos os que lerem este post concordam comigo e faço um repto a todos os que não leram o livro de Antoine de Saint-Exupéry, pois com certeza será um dos grandes livros que vão ler na vossa vida na minha opinião.
E finalmente um pedido aos outros ilustres senhores que se envolvam um pouco mais no blog que eu devido à pouca internet que disponho pouco tenho sabido de vocês, principalmente do meu amigo sininho que pelo que percebo vai para Itália.

3 comentários:

  1. Chocante, no mínimo!
    Se o há, não o quero ver. Se o vir, critico!
    A verdade é que há livro e livros, mas esta sublime obra de todas as nossas juventudes não tem razão de ser extrupiada para a pelicula, pois é livro de imaginar...Cada um à sua maneira!
    Fico fo...do!

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  2. é com grande alivio e contentamente que vejo que nao sou o unico a pensar assim...nem quero imaginar quem eram os actores efim...e como vai a tua tese ja estas encaminhado?abraço

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  3. Bem....eu ñ partilho da mesma opiniao, mas respeito-a, pois eu nunca o li.....
    Mas só ñ percebo que mal tem fazerem um filme, a partir dum livro? sñ kerem ver, ñ vejam....
    Nem todas as pessoas partilham da mesma opiniao e gostos.... mas ñ creio que a juventude esteja perdida por o simples episodio de nnc ter lido o princepezinho.... enfim....

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