terça-feira, 2 de novembro de 2010

A situação

Caros leitores,
Como devem ter notado, a taxa de publicações tem reduzido drasticamente. É de referir que nem todos as escamas que se iniciaram nesta área de contemplação permanecem no estranjeiro. A verdade é que a grande maioria (4/6) voltou para a terra natal a fim de dar um achego às respectivas teses de mestrado, porque no fundo é o que andamos a fazer, caso não tenham reparado. Não quero com isto dizer que uns estão mais ou menos atrasados na elaboração, mas decerto é que devem ter mais que fazer do que escrever histórias aborrecidas de como irão fazer a análise estatísticas dos dados obtidos enquanto no estranjeiro. Entendo o ponto de vista. Mas não desanimem meus caros, pois a jornada destes indivíduos ainda agora começou.
No meu caso, estou "lá fora" faz já um ano e por cá permanecerei até que haja oportunidade, coragem de estar longe da família e mesmo vontade. Será que irei conseguir juntar-me ao La Campana Leccese antes que este se divague para outras terras em meados de Março?
Soube que o Chicharro Majorero está sob a alçada do meu primo Miguel, confirma-se?

O halloween em Espanha é muito pouco usual, tal como em Portugal, mas dado a variedade de nacionalidades com quem me confronto diariamente, decidimos então proceder a uma festa com vestimentas a preceito tendo em conta o tema. Pois bem, o trajes de todos fizeram sucesso, mas a festa esteve calma...o pior veio quando nos deparamos que chovia a potes e as devidas maquilhagens estava a desvanecer escurrendo pela cara.

As Astúrias tem dado que falar. Alonso é Asturiana e está para ganhar o mundial da F1, O David Villa (Asturiano que marcou o golo que nos eliminou do mundial) finalmente marou pelo Barça, o outro gajo que ganhou o prémio nobel da literatura é também asturiano, a princesa Letizia idem...epah, rendi-me às evidências. Até o Woody Allen diz que seria o refúgio perfeito para ele...
Esta terra mal conhecida lá fora tem um enorme potencial. Os passeios pelas montanhas e pela costa Norte são sempre suberbos e a gastronomia chega a conseguir estar perto da qualidade da nossa...ou seja, um quase. Finalmente provei la sidra asturiana, o queso cabrales con mermelada e a fabada asturiana, que não é mais que uma feijoada transmontana onde o feijão castanho é substituido pelo branco grande e os embutidos (enchidos) são os mesmos excluindo a farinheira, não fazendo o sabor variar muito. Está-se bem por aqui e já deu para surfar, mas devido à quantidade de tarefas académicas, pouco consegui fazer.
A passagem d'ano está apontada para ser passada cá nos Picos de Europa juntamente com os amigos que se queiram juntar numa casinha no meio da serra a alugar, onde se fazem passeios e se procuram ursos, grifos e outros elementos típicos, ou seja, o convite está aberto, é uma questão de me contactarem!
Até breve PS: tenho apoiado o "Mou" e a sua quadrilla e quero ver se vou ao jogo do Sporting de Gijón - Real Madrid no próximo dia 28 de Novembro.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

I trasgressori

Penso que este pequeno episódio merece um lugar nesta biblioteca, pois daqui a uns bons anos devo-me esquecer dele... de maneiras que depois posso recordá-lo! e claro está para vosso conhecimento....
Tudo se passou na 5a feira passada, dia 21 de Outubro, quando ao sair de um concerto recebi uma chamada a dizer que a noite ainda continuaria, pois estava a haver uma festa em casa de umas espanholas, no centro histórico de Lecce. Como fui dos últimos erasmus a sair do recinto do concerto, pois estava com malta italiana e um espanhol, fui com este mais outro italiano, ter ao ponto de encontro que tinha combinado com a pessoa que me tinha chamado. Depois de algumas passadas, o italiano teve que fazer uma breve paragem para soltar as águas, e quando este o fazia o espanhol teve a ideia de se meter a fazer tags (fazer rabiscos) numa parede e caixa de electricidade no centro de Lecce.
Quando estávamos a chegar ao ponto de encontro, eis que aparece um carro da "Polizia" que nos abordou.
Começaram a perguntar de onde é que vínhamos, para onde íamos...depois pediram-nos a identificação e por fim disseram-nos que lhes mostrássemos tudo o que portávamos. Os objectos que mais interessaram aos agentes, foram um caderno que o espanhol costuma fazer os seus desenhos e o marcador que ele tinha usado para fazer a sua dita assinatura na parede. Entretanto chegou outro carro da "polizia" em que um dos agentes era um perfeito otário, e só dizia "vocês agora... digam adeus a Lecce, adeus erasmus..." esse tipo de coisas.Daí disseram-nos que entrássemos no carro, e fomos levado ao local onde se tinha parado para a troca de águas do outro, e claro está, onde o espanhol tinha escrito. Ali confrontaram-nos realmente com a questão daquela apreensão...(não é que não tivéssemos desconfiado). depois da confissão do culpado, disseram-nos que tínhamos sido "apanhados" pelas câmaras de video que estão espalhadas por Lecce.
Obviamente que não nos deixaram ir embora, e fomos levados para a "questura" ou seja, para a sede da policia, onde ficámos retidos durante umas bem sofridas 3 horas, pois não estávamos no nosso estado mais sóbrio e claro que a mim começou-me a vir o sono, mas os outros dois nem me fechar os olhos deixavam, pois diziam que os policias não iriam gostar e que se me vissem que nos deixavam lá a noite toda....
Para além do tempo e a noite desperdiçada, eu e o italiano, fomos somente identificados, e o espanhol foi levado para ser fotografado, para lhe tirarem as impressões digitais, etc. Agora terá que se apresentar ao tribunal quando for chamado, mas em principio não lhe acontecerá mais nada.
Ás 0600 da manha lá nos deixaram sair...e claro que a dita festa... já tinha acabado.

No dia seguinte a noticia já tinha corrido por toda a comunidade de erasmus e de italianos... tanto devido ao famoso e inevitável passa-palavra como ao facto de termos sido referencia nos jornais e canal televisivo local....

Sempre no rumo da fama!

Para quem souber ler italiano, ou simplesmente quiser ver as referencias dos jornais do sucedido, eis as páginas:
e ainda
em ambos podem ver o nome da minha cidade, agora conhecida dos italianos Lecceses, como uma fonte de gente que só sabe riscar nas paredes....

E assim se passou uma noite diferente....
Ciao!

P.S. Devo referir que o tratamento dos agentes de autoridade para connosco foi do mais cordial e profissional possível!


domingo, 17 de outubro de 2010

Allora...

Desde já as minhas mais sinceras desculpas pela excessiva ausência de publicações, afinal de contas ainda me encontro "perdido" pelo velho continente....
Este 2º round da minha aventura por Itália começou dia 8 de Setembro, dia em que cheguei a Lecce depois de ter estado o mês de Agosto em Portugal.
Um mês e quase meio em Itália já dá que contar bastantes coisas.......

Quando cheguei a Lecce, fiquei de ir procurar casa com o meu antigo colega de casa, o Enrico, pois a convivência na anterior casa tinha sido bastante agradável de maneiras que combinamos que quando eu retornasse, iríamos procurar casa para ficarmos juntos mais uma vez.... Assim foi, até que demos com uma casa bastante boa, na qual quisemos ficar, o problema é que a proprietária desta era uma chata de primeira ordem... mesmo assim resolvemos que ficaria-mos ali, e que eu deveria mudar-me o mais cedo possível pois já estava à dois dias a dormir na minha carrinha....
Ora como eu já referi acima, a mulher era mesmo chata e maluca, pois começou com conversas de que queria que fizéssemos um contrato de 4 anos..... Ora isso para mim... impossível, pois nem um ano ali iria ficar... quanto mais 4... Dissemos-lhe que não seria possível, que só poderíamos estar um ano, ela concordou, e ficou de tratar do contrato para o pudermos assinar, para que eu depois pudesse mudar-me. Oras isto soa tudo muito fácil e bonito, mas as coisas começaram a complicar-se. No dia seguinte ligo para saber se já tinha o contrato para assinar, e começa-me a criatura a dizer que ai que não sabe... quer 4 anos de contrato... etc etc..... lá fomos falar com a mulher outra vez... e depois veio à baila que a casa estava sem luz nem agua, que deveria-mos ser nós a tratar dessas coisas.... enfim.... mesmo assim não foi problema a questão da agua e luz, e ficamos assim, de no dia seguinte ir assinar o contrato.....
Sabem o que aconteceu no dia seguinte? A mesma coisa do dia anterior..... e o desgraçado a dormir na carrinha.... Não é que se durma mal, de facto dorme-se bastante bem e até tinha direito a banho pois estacionei a carrinha à porta de um espanhol (El Burgui) que ainda cá estava, mas que vivia num T0 só com uma cama. Claro está que os 10 dias que lá passei, à pala daquela criatura.... começavam a chatear uma beca.....
Assim que a paciência se esgotou decidi ir procurar um quarto só para mim, pois o Enrico também não tinha muita pressa em arranjar casa pois ele vive perto de Lecce e as aulas dele ainda não tinham começado.
Facilmente arranjei uma casa, aquela onde estou agora, cujo senhorio é um tipo de 29 anos, um bacano próprio! que vive na casa ao lado da minha. Nesta casa estão mais dois italianos, um chama-se Oleg, um tipo que estuda japonês e que é muito particular, muito simpático e excelente pessoa mas com umas quantas pancas, as quais não as sei descrever... só visto! O outro ainda não chegou de férias.
O meu quarto é bacano, é um dúplex!!! pois tem como que uma estrutura em madeira que faz um 2º andar onde se encontra a cama. O problema é que para lá chegar tem que se subir por umas escadas bastante íngremes, o que quando uma pessoa não está muito em si ( bêbado), pode apresentar um risco bastante significativo de se f...er todo.

Uma das vantagens de fazer erasmus em dois anos lectivos é que se conhece, talvez o dobro de pessoas que se conheceria num erasmus... digamos normal. Agora como já conheço os cantos à casa (lecce) tenho feito também de anfitrião da nova comunidade de erasmus que está a chegar. Vou procurar casa com eles e ajudo em pequenas coisas que necessitem, de maneiras que assim tenho conhecido bastante gente.
A malta começa a agora a juntar-se toda na noite e começa-se a criar o ambiente de erasmus semelhante ao que encontrei quando cá cheguei em Maio. Também semelhante ao ambiente de erasmus do ano anterior, talvez 85% são espanhóis... Depois há alguns alemães, franceses, romenas e claro portugueses.
As relações com os "caloiros" vão se criando principalmente nas noitadas que se fazem pelas ruas de Lecce, e não tem sido incomum esta malta confundir-me com um italiano, pois para falar com os espanhóis falo-lhes no meu italiano, porque agora falar espanhol.... confunde-me muito o sistema, sempre que começo uma frase em "espanhol"esta acaba inevitavelmente em italiano. Mas vai dando para nos entendermos muito bem!

No dia 7 deste mês, para meu agrado recebi o nosso amigo Márcio, que tem andado a dar uma volta por algumas cidades europeias.
Fui buscá-lo ao aeroporto de Brindisi, e ao entrar no edifício, deparei-me com sua excelência a traçar amizades com uma italiana, e que italiana... Surgiu-me logo o dilema de que deveria fazer... de maneiras que decidi dar-lhe algum tempo para falar com a rapariga, podia ser que ela quisesse vir connosco para Lecce. De maneiras que me pus a olhar para o televisor das chegadas.... mas sinceramente também não esperei muito, e fui interromper a conversa e" livrar" a rapariga do Márcio.
Nessa noite fomos a uma discoteca, juntamente com os erasmus, onde pudemos dar uns passos de dança.
Estava à espera que muitas coisas pudessem marcar a noite do Márcio, mas a ultima que eu estava à espera foi o facto de o homem só estar preocupado com gajos que tinham ar de... de menos gajos. O homem não se calou a noite toda com isto!! até ao chegar a casa teve de vir o tema ao de cima... enfim.
Os dias seguintes foram bastante normais, num deles fomos dar uma volta pela costa de Salento, e as noites foram as típicas noites de erasmus... a beber e falar na rua....
Toda a gente sabe como é conhecido o estômago do Márcio, não muito tolerante.... e não foram poucas as noites que o menino esteve lá perto, principalmente numa em que este parecia aquela personagem de contos infantis, que para saber o caminho de regresso a casa vai deixando as pedras pelo caminho... ele fazia-lo com o excesso de saliva que lhe vinha à boca mas a regressar a casa..... pena na altura os bares já estarem todos fechados.......
No dia 11 chegou mais uma excelente companhia, o senhor Nenuco!!! Ao tempo que já não via este gajo, e vê-lo em Lecce... foi muito bom!
Também o fui buscar ao aeroporto, e no caminho de regresso a Lecce pudemos por alguma da conversa em dia....
3ª feira passada fomos os 3, mais um italiano, um espanhol e duas francesas, jantar a um restaurante que este italiano nos tinha sugerido, claro está que fomos comer pizza! O Nenuco lá teve que ajudar o Márcio a acabar a pizza, que coitadinho tem um estômago pequenino. Consequentemente depois do restaurante, fomos para os copos, mas como eu e o Nenuco estávamos completamente cheios, beber também não era a coisa que mais nos estava a apetecer.... de maneiras que o senhor Márcio andava todo feliz da vida, de pança a meio, a chamar-nos bambinos e pequeninos.... enfim.... ou se joga com as mesmas cartas ou assim não vale...lol
4ª feira foi o ultimo dia deles em Lecce, durante o dia demos mais uma volta pela cidade, comemos um gelado.. o normal... à noite fizemos um chilli, em grandes quantidades, pois a noite previa-se forte, e aliás, eles à 0456 tinham o comboio para Bari, de maneiras que quando chegássemos da noite eles poderiam comer qualquer coisa antes de partirem....
Para meu espanto (ou não) no dia seguinte, já de manha, um dos pratos que tinha sido usado estava cheio... de quem era, quem é que estava sem apetite aquelas horas? desconfio de uma pessoa...
Eles chegaram bem a Praga, onde estão até amanha...
Bom eu estou farto de escrever, e talvez vocês de ler.... por isso fico-me por aqui.
Mais aventuras virão!!!

Ciao!



segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O cheiro a Esteva guiou-nos até Portugal!

Partida do Irish-Pub Celtic Towers em Gent (os amigos ficaram, não couberam no carro):
As últimas novidades tardaram em chegar, mas finalmente ganhei alguma coragem e tempo para explorar uma vez mais o nosso querido blog, que por esquecimento ou mesmo falta de novas histórias para contar tem sofrido a perda de conteúdo actualizado por parte dos seus membros, incluindo eu.
O Verão em Gent foi terrível, em Agosto só chegamos a ver o Sol umas 3 ou 4 vezes, deixando-nos quase à borda do desespero.Ao voltar de Gent, decidimos demorar um pouco mais (11 dias) em vez dos famosos 2 dias que os emigrantes demoram a voltar de carro para o nosso Portugal. Batemos então a costa toda do Norte de França, passando e memorizando paisagens vislumbrantes que jamais estaríamos à espera. Começamos por sair de Gent dia 31 de Agosto para Bruxellas, pois o aluguer da casa já tinha terminado. No dia seguinte saimos de Bruxelas em direcção a Calais, onde fica o túnel do canal da mancha entre França e Inglaterra. Chegados a um cabo notámos de imediato que a meteorologia teria mudado drasticamente desde que saíramos da Béglica. Estava tudo tão claro que até se via no horizonte a a costa rochosa perto de Dover (cidade Britânica onde desembarca o ferry vinda de Calais). Acampámos “wild” numa duna onde viémos a descobrir mais tarde ser uma das praias do desembarque no dia D, pois estava repleto de “bunkers”.

Prefazendo em média uns 300 kms por dia, chegamos a Fécamp, perto de Le Havre, onde dormimos no meio de uma floresta junto ao mar e com a maravilhosa ajuda do camping’ gaz pudemos fazer maravilhosas petiscos.

No dia seguinte, paramos em Honfleur, porto de pesca que tem uns restaurantes maravilhosos com peixe e ostras em todos os menús, e claro fizemos uma “pit-stop” antes da Anna-Maria e Joe (Grega e Alemã radical) se juntarem a nós perto do Mont de Saint-Michel, onde preparamos uma bela refeição com o único bico de gás que havia…mas o truque era beber muito vinho para que o chão ondulante não nos incomodasse enquanto tentavamos adormecer. Partimos para o Mont St. Michel que é brutal e fica no meio de um estuário e atinge uma altitude notável, sendo para nós motivo de desenho artístico. Ao entrarmos na sua fortaleza, outros amigos se juntaram a nós (David e Kristina, Galego e Norueguesa).
Le Mont de Saint-Michel:
Já eramos 6 em 3 carros repletos de malas e tralhas para passar o semestre seguinte noutro local que não a Bélgica ou Alemanha. Como é óbvio, a higiéne quando se faz campismo selvagem, é reduzida, por isso transportavamos connosco aqueles pequenos toalhetes com cheiro a limão e alcóol, contudo houve oportuindade para banhos como deve de ser. A seguir ao Mont de St. Michel, parámos em Cancale para comer umas ostras bem fresquinhas a 50 centímos cada, e para o campismo trouxemos também dois quilos de mexilhão que eram baratos. Disponibilizamos para cada um dos 6, mexilhões à descrição, queijos regionais, pão típico da zona, azeitonas entre outras, e claro, vinho Bordeaux, muito vinho para completar o serão na praia perto de Saint Malo. Houve também condições para tomar um banho à noite, pois a corrente vinda do golfo do México teria-nos aquecido as águas. St. Malo é um porto fenomenal, onde o mar se interlaça com a história da cidade que fica dentro de uma potente fortaleza, mostrando ao turista que a Bretanha tem muita história.

Antes de podermos ir tomar um banho decente em casa do David em Roscoff, paramos ainda em Dinan que é também muito bonita, viva e parecida do a cidade do Luxemburgo. Já em Roscoff, aproveitamos a estadia para respirar o ar marítimo e jantar num restaurante sem fonices, antes de rumar a Sul pela costa Oeste. Nessa noite a Carolina e eu decidimos ir até Lorient que é uma cidade feia e com muitos pedintes, mas conseguimos acampar numa praia com sapos por todo o lado…foi hilariante! No dia seguinte guiamos até Saint Nazaire onde pudémos descançar numas esperguicadeiras de um bar de praia. A Joe e Anna vinham ao nosso encontro, não fosse eu estar fisgado para apanhar umas ondas, rumamos até Les conches, dica que um ex-surfista nos deu.

Como estava a chover, alugamos uma pequena casa de campismo onde pudémos tomar um banho decente e dormir confortavelmente. No dia seguinte bem cedo, fui apanhar umas onda pequenas mas simpáticas, onde a Joe se juntou a mim, mal chegaram. Ao sairmos da água, dirigimo-nos até La Rochelle, cidade muito fixe com um uma grande espírito náutico, almoçando por lá e aproveitando o sol e calor que se fazia sentir para comer um “crêpe avec nutella”. Continuamos a guiar em fila indiana até Blaye, cidade quase fantasma, pois a escuridão da noite não nos permitiu ver onde estavamos a ir, até que um pequeno sinal de campismo apareceu, como se estivesse à nossa espera. Seguimos o sinal e começamos a entrar numa vila dentro duma fortaleza – citadelle do século XV muito interessante, onde conseguimos pernoitar à borla mesmo junto do campismo, percebendo pela manhã que tinhamos encontrado um spot fenomenal mesmo por cima do rio Gironde. Pela manhã apanhamos o ferry até Lamarque. A ideia era ir até à costa, Lacanau para ver como estava o surf, mas demasiado vento “onshore” se fazia sentir para que as ondas pudessem estar ordenadas. Acabamos simplemente por almoçar por lá, com a ajuda do camping’ gaz e decidimos seguir até Hossegor – Capbreton pela autoestrada. Como chegamos muito tarde e era uma zona muito habitada por surfistas, decidimos procurar um campismo onde pudessemos repousar e jantar mais uma vez à moda do desenrrasca. De manhã fui alertado pelo som de um animal a farejar os nossos pertences e deparei-me com um labrador da casa que estava a abrir o saco do chouriço que o André amavelmente tinha trazido de Portugal para Gent. O cão, como não conseguia rasgar o plástico, começou a comê-lo, obrigando-me a sair da tenda de boxers e um casaco para ver se o ele não engolia aquilo tudo, não fosse ele dar o “treco”. Sem eficácia, não consegui evitar que ele engolisse aquilo tudo de seguida, incluindo saco, chouriço + corda + ferrinho que unem as duas pontas do mesmo…espero que o cão não tenha tido problemas gastrointestinais. Depois deste episódio animal, rumamos a San Sebastian, já em Espanha, mas nós dois seguimos até Bilbao passando pela costa brutal, enquanto que elas ficaram em Biarritz. Ao chegar a Bilbao, deparamo-nos com o trânsito e talvez devido à nossa fadiga e esperança de chegar a Gijón, deixamos a visita desta cidade para um dia mais tarde, pois queriamos ver se encontravamos casa para o semestre seguinte. Dormimos nessa noite no campismo da cidade e acordamos a ver a baía junto ao mar que é brutal e onde agora vivemos! Fizemos uns telefonemas a fim de procurar casa, mas chegamos à conclusão que maior parte delas são casas de praia onde os senhorios alugam durante o Inverno a quem estiver interessado. Ainda demos um salto a Oviedo, onde fica a minha Universidade, mas queriamos chegar ao Porto a casa do Toni nessa noite.


Parque de campismo em Gijón mesmo junto ao mar...a nossa casa é num desses prédios:

A Carolina fazia anos nesse dia, por isso, apesar de passar maior parte do dia no carro, conseguimos chegar à Granja para comer uma francesinha e uns finos acompanhados pelo hospitalidade do António. Ainda fomos às “Galdérias” ou galerias no Porto para conhecermos o “bairro alto” de lá finalizando a noite de uma forma bastante suave, pois o cansaço enfraquecia-nos. O Açor tinha muitas saudades minhas e eu dele, por isso ainda lhe dei alguns carinhos…o feroz, mas amável canino queria inclusivamente vir connosco no carro. Pela tarde chegamos finalmente a Lisboa, onde estivemos com família, amigos e tal, fazendo no total desde Gent, 3.600 kms e gastando 4 depósitos de gasóleo! Agradeço a fiabilidade que o Opel Corsa D sempre me deu!

Com isto me despeço e de seguida seguem as notícias de Gijón…

Beijinhos e abraços

Si e Carol

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tempos de Mudança

O mundo está em fúria!
Cada clique que dou ao ver os jornais nacionais sobre as tristes notícias espalham-se e invadem as almas de emoções tristes, para quem é sensível a estes fenómenos, .
Como biólogo, ver as florestas e parques naturais a arder em Portugal, Itália, Grécia, Rússia durante o agosto é desesperante, mas o mesmo acontece no outro lado do mundo, especialmente na Austrália enquanto nós nos queixamos de que está muito frio entre dezembro e fevereiro. Na China, médio-oriente e EUA parece que a condensação atomosférica não dá tréguas e inunda os terrenos até mais secos do planeta, inviabilizando a criação de lençóis feáticos sob o solo. O famoso glaciar com dimensões 3x a cidade de Lisboa desprendeu-se na Gronelândia...

Ainda há dúvidas que o clima está todo trocado?

Ainda há dúvidas que há menos peixe no mar?

É como se tivessemos dado à nossa enorme biosfera e atmosfera uns bafos de "fumá fá-rir" e cada sistema natural começou a entrar em colapso mental, impedindo o normal funcionamento dos principais fenómenos, tal como os neurónios baixam a actividade de envio e receção de impulsos nervosos ao ser injetado CO2 pá corrente sanguínea. Somos mais qu'às mães e não sabemos aproveitar o esplendoroso planeta em que crescemos e evoluímos. A meu ver, dentro dos próximos 500 anos, voltaremos a demonstrar as nossas reais características animais que intrinsecamente estão em nós, entre elas a ganância pelo dinheiro, bem estar e conforto, gerando , claro enormes revoluções, guerras e golpes de estado! O mundo vai a baixo não tarda.
Hipoteticamente, se todos os insetos desaparecessem nos próximos 50 anos, toda a vida na terra entrava colapso. Pelo contrário, se a humanidade desaparecesse nos próximos 50 anos, toda a vida na terra resplandecia!
Os governos não se entenderam muito bem em Copenhaga, mas será que se entenderiam hoje, se na Dinamarca os fogos estivessem a "lavrar"?

Ficam aqui algumas opiniões de um simples cidadão que tenta ter uma pegada ecologica reduzida.

nota: novamente estou a insistir em escrever de acordo com o novo acordo ortográfico.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Alla fine della prima parte...

Caros,

Que melhor que uma noitada num aeroporto à espera do avião para voltar a casa, para escrever alguma coisa para esta enciclopédia erásmica?

Pois bem, neste preciso momento, encontro-me no primeiro andar do aeroporto de Bari, na zona de espera, sentado confortavelmente numa cadeira de massagens, que me parece que vai ser a minha “cama” desta noite. Era bom que o aeroporto de Frankfurt- Hahn fosse assim, não é? caros amigos que sabem do que estou a falar…. Mas chega de tretas.

Infelizmente o período de erasmus, para os que já cá estavam antes de mim, está a acabar, o que implica que tanto os que se vão embora, como eu, temos tentado acabar com os cartuchos que temos na algibeira. Não que vá acabar já o meu erasmus, mas os amigos que cá fiz nestes belíssimos 2 meses, vão e por isso vão-se…. De maneiras que tenho tentado estar com eles o mais possível.

Noutro dia, um dos espanhóis teve uma alta ideia! Que foi a de irmos ao Sul do tacão, a uma vila chamada Sta. Maria de Leuca, e alugar um barco, para irmos ver as grutas que nessa zona existem. Assim foi, Um português, 2 espanhóis, duas fêmeas da mesma nacionalidade, e mais um argentino.

Chegamos por volta das 1530 ao local, claro está que fazer estas coisas de manha são muito mais interessantes, mas os espanhóis nunca têm pressa para nada… enfim. No quiosque de aluguer lá tratamos da papelada toda, e fiquei eu o responsável pela embarcação, julgava que teria que ser eu por ser o único a ter a carta, mas aparentemente em Itália, para guiar embarcações até 40cvs não é necessário qualquer licença…

Lá fomos dar um passeio de 2 horas, onde todos pudemos guiar o barco, para meu receio, especialmente por uma das espanholas ser chanfrada de todo e afinal de contas se algo acontecesse eu é que as ouvia…mas correu tudo tranquilo! Como já disse, lá andamos com de um lado para o outro, ver falésias, grutas, parar a embarcação dentro delas para ir nadar uma beca nas suas águas escuras, enfim umas horas muito bem passadas.

Em terra firme, propus que fosse-mos para cima pela costa adriática, especialmente pelo percurso de Sta Maria de Leuca até Otranto, que é uma zona realmente bonita, sem duvida a minha favorita de Salento( é a província de Lecce). Assim foi e por volta das 8 estava-mos em Lecce, e deu-se o dia por acabado, mas não a noite, que fomos para os copos, como é de costume.

Os dias seguintes foram relativamente todos semelhantes, por assim dizer, de manha ir ao lab, durante a tarde faz-se o que se tem a fazer, por vezes vai-se à praia, e à noite vai-se ao centro ou a casa de alguém, infelizmente poucas têm sido as noites que não me tenho que despedir de alguém… mas é assim a vida de erasmus.

Alguns dias atrás, fui convidado para ir a um concerto e como é óbvio, aceitei o convite, mas sem sequer saber a que iria assistir.

Por volta das 2330, partimos de Lecce, passados uns 30 minutos saímos da “super strada” com são cá chamadas as auto-estradas, e metemo-nos por caminhos ermos e escuros pelo meio dos olivais. Passados uns bons minutos, já com a minha veia curiosa quase a rebentar e farto de ver oliveiras, mesmo sendo de noite, lá chegámos ao dito local, que não passava de uma área cercada, não maior que a grande área de um campo de futebol e isto claro no meio do olival. No interior deste recinto, estava a decorrer um festival de Hard Rock….. ora, para quem me conhece… deve saber que este tipo de musica não me diz muita coisa, nada mesmo, mas sinceramente… não que tenha de gostado da musica, mas o ambiente estava bastante fixe, calmo, eu sei que isto pode parecer um contra-senso, mas facto é que gostei bastante daquele festival. Via-se mesmo, que aquilo foi feito sem qualquer tipo de apoios ou patrocínios, de maneiras que embora a qualidade do espectáculo “per si” não fosse a melhor, aquilo era sem duvida alguma, uma coisa genuína, e de coisas genuínas já eu gosto!

Já o Sol anunciava a sua chegada, quando o condutor do carro decidiu que era hora de voltar, e assim foi, e eu como estava “cansado” mal sentei o cu no carro, adormeci logo… a viagem fez-se rapidamente, claro, mas ao chegar a Lecce acordei, e acordei mal disposto, mas de tal forma que nem deu tempo para parar o carro, deu foi tempo, mas pouco, para baixar o vidro e mandar o que me estava a fazer mal, janela fora. Felizmente só uma ou duas gotas do fluido venenoso é que ficaram dentro do carro e essas caíram-me no colo, de maneiras que só sujei o carro por fora. Mal cheguei a casa fui logo limpar a minha obra de arte, que se propagava desde a porta até ao final do carro. Feitas as limpezas, fui-me deitar que já bem me apetecia.

Os restantes dias passaram-se semelhantes aos outro todos, mas com a novidade de alguns deste, ter que ir a uma área marinha protegida, a de Porto Cesareo, encontrar-me com o director desta, para ele me ensinar a trabalhar com os programas que vão ser a base da minha tese, o GIS e o Marxan.

Hoje foi o dia de arrumar as coisas tirar tudo de casa, deixar a minha bebé na universidade, e quando voltar terei que encontrar outra.

Às 1927 tive que apanhar o comboio para vir para Bari, despedi-me dos meus vizinhos, na noite anterior dos restantes erasmus que ainda cá estão e dos italianos residentes. No comboio, a sensação de tristeza invadiu-me um bocadinho, pois em dois meses fiz bons amigos, os quais tenho receio de não voltar a ver, mas enfim… quando voltar, novos erasmus chegarão, e eu cá estarei para os receber tão bem, como fui recebido pelos que em cá estavam!

Tutti voi, un grandissimo Grazie Mille!!!

E assim acaba a primeira parte da minha aventura de erasmus…..

Ciao!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Que venham mais 100!

Caros amigos,

Pelas minhas contas, parece que chegamos aos 100 posts durante este ano. Se mantivermos este rítmo, para o ano teremos mais de 200. Estamos de PARABÉNS!!!
Cada um irá estar noutra ponta da Europa ou mesmo do mundo, por isso imagino que as histórias para contar não terminarão tão cedo! Falo por mim, pois no próximo ano segue-se a viagem até Oviedo/Gijón (setembro), seguido da tese de mestrado em Lecce (fevereiro- novamente histórias de Apulia, mas sob a minha prespetiva), onde decerto novos episódios desta escama serão borbolhados para este livro eletrónico.

Caso não tenham reparado, apliquei o novo acordo ortográfico português neste post. Quer estejam de acordo ou não, ele está aí e convém adaptarmo-nos.
Um bem haja e até breve

Ao voltar de férias

Caro leitores, como muitos dizem: “no news, good news”.

É verdade, faz já 2 meses desde que participei activamente por estas bandas! Peço deculpa por isso, no entanto, a ausência teve razão, à qual me irei endereçar em breve.

Sem ter comunicado directamente com alguma das escamas deste blog recentemente, consegui perceber o que se ia passando com cada um deles, vós, sim! Fiquei sabendo que uns estão a chegar, enquanto outros a voltar, mas no fundo o que interessa é que todos conseguimos contar, de formas mais ou menos coerentes, o que andamos a fazer como emigrantes durante os últimos meses. Sim, a ida à Irlanda ter com as escama mais escura decorreu exactamente nos mesmo dias do mega festival académico em Kortowo. Isto deu, naturalmente, aso a conversas no skype entre os distantes grupos. Nestas video conferências fiquei somente a perceber que o lenga tinha deixado o carro ir a baixo, estava frio lá fora e a ressaca inundava os cefalos de cada escama… Pena não estarmos todos no mesmo lugar à mesma hora, mas creio que isso será cada vez mais difícil futuramente, oxalá haja hipótese irrecusáveis de manter contacto e fortalecer as amizades que fizemos na UALG.

Desculpem a sensibilidade, mas as mães têm esse dom quando nos educam.

Agora perguntem: que direito é que este palhaço tem a escrever parvoíces quando já não escreve há mais de 60 dias???

Voltando à razão, então, aqui deixo umas belas imagens da aventura pela tentadora Sicília: Chegada ao porto de Levanzo, ilha em frente a Trapani:

Amanhecer dentro da tenda acampados em Favignana, ilha em frente a Trapani:

Em Junho terminei todos os meus exames com aprovação e ganhando uma boa média para este ano lectivo. Para além de notas, aprendi várias coisas entre elas multi-cultura que vivi com os colegas, os hábitos e feições de diferentes europeus e alguns de fora, para além de ter aprendido a mexer melhor com o site da Ryanair.
No início do mês tive um casamento em Lisboa. A ida relâmpago só deu para estar com a família e por pouco tempo. Já no final do mês consegui alargar os dias que passaria em Portugal. Chegado a Lisboa, programas todos organizados a tempo e horas, só para aumentar o stress acumulado. Jogos de futebol emocionantes com os velhos amigos de Lisboa e a certa altura decidi ir dar um saltinho ao Algarve. Assim foi, na quarta-feira logo pela madrugada apanhei a camioneta pa Faro…nem sabem as saudades que tinha! O toni, amavelmente apanhou-me na Eva, apesar de eu insistir que iria a pé até à praia (devia tar louco). Como por estes lados o peixe é escasso e o hábito dos locais é igalmente reduzido no que toca a preparar refeições do mar, decidimos passar no supermercado pa comprar 3 belos pargos e uns camarões. Ao chegar à minha antiga casa na praia (#40), a nostalgia invadiu-me e os bons tempos foram recordados em menos de 1 segundo. Ainda consegui chamar outro amigo meu (Zé Castel-Branco…não o nilas), o qual esta a trabalhar no aeródromo de Portimão nas mangas publicitárias com avionetas pelas praias. Despois de uns dias em cheio por Faro e sem esquecer a habitual assiduidade no festival MED. Consegui ver muitos dos que ficaram, mas apesar de muitos ainda não terem terminado, vejo neles/as uma maior maturidade quanto aos sonhos da Biologia e talvez um pouco mais de motivação. Férias em Portugal durante 1 semana efectivas, casamento terminado bem e aceitação do Karim para supervisor da minha tese de Mestrado OK, estava na hora de voltar a Gent, arrumar tralha académica e meter os planos em dia…não durou mais de 5 dias até voltar a sair para continuar os planos de Verão. Desta vez rumo à Sicília onde nos juntamos 4 amigos do mestrado com intensão de ir participar na “escola de Verão” em terras Maltesas. Chegada a Valetta por ferry:

A Sicília é linda, pelos menos é semalhante às nossas terras mais a Sul do país, só que embanhada pelo Mar Mediterrâneo. Eis um exemplo:

Isso mesmo, levamos tendas para acampar na praia e mascara de snorkeling, aproveitando as límpidas águas mediterrânicas. O grupo foi muito bem seleccionado e 5 dias chegaram para as amizades se fortalecerem, pois o objectivo era chegar a sul da Sicilia – Pozzallo pa apanhar o ferry. Programas relaxados, briocchi com gelato (mágico pão de leite com gelado lá dentro), vino Italiano com a frase do mês “aqua fa male, vino fa cantare!” e pastas/pizzas po jantar. A turismo cultural foi mais fraca, no entanto ainda vimos umas peças pré-históricas!
Dos mais antigos e bem conservados templos gregos situados em Sellinunte, costa Oeste da Sicília:
Chegados a Malta pelo ferry, deparamo-nos com o ambiente que menos queriamos: pessoas a mais, carros, publicidades por todo o lado com as luzes estontenates a entrarem pela retina a dentro e prédios bem altos na periferia da Ilha. Apesar de tudo, a chegada a Valletta (capital) é fenomenal, pois sente-se a história daquele tão pequeno país que por se localizar numa zona geograficamente estratégica, pertenceu a muitas nações e que se transformou num Algarve a dobrar em época de Verão. Tragédias à parte, o objectivo era completar 6 ETCS, chamados “summerschool”. Este consistia em desnvolver um projecto de investigação à escolha (dentro dos tópicos e meios providos pela Ilha e devida Universidade). Deu algum trabalho a arrancar, mas em 10 dia não se esperava muito. Para os mais curiosos, calhou-me o grupo que iria analizar a variação metabólica através de medição de Oxigénio consumido pelos Blennideos quando espostos a differentes salinidades e temperaturas (habitantes de pequenas poças em intertidais rochosos). Relatório feito e apresentação do projecto efectuado com sucesso, deu-se por terminado o programa académico e estava na hora de voltar à Bélgica. Uns podem pensar que andamos para lá uns quantos estudantes a fazer snorkeling e sim, até andamos, mas como técnica de amostragem (1/4 doprojecto), mas havia horas rigorosas e trabalhos de casa nas horas vagas. No entanto, ainda deu pa conhecer bem a Ilha. Lagoa azul, ilha de Cominos, Malta:Cheguei na passada quinta-feira, dia que ainda decorria o festival de Gent, que consegue juntar em 10 dia 2milhões de pessoas, por causa dos seus 10 palcos de acesso grátis espalhados pela cidade. Terrakota foi um dos concertos que vi, mas realmente esta gente não sabe festejar como deve de ser!No fundo, tive umas férias bem simpáticas e disso não me posso queixar depois de ter sofrido o Inverno rigoroso Belga que dura tempo demais...e ainda presiste!
O que vem:
Uns já sabem, mas iremos ficar em Gent até ao final do mês de Agosto a trabalhar e de seguida partiremos para terras francesas com rumo a Oviedo, Espanha. Entretanto, se alguém estiver pelo caminho ainda nos podiamos encontrar para beber uma garrafa de vinho francês.
Creio ter deixado novidades para mais uns tempos.
Que todos passem um Verão fixe!
Aquele abraço
Sidónio

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Operação Kortowiada

Em meados do mês de Maio, Olsztyn foi contemplada com a presença de três ilustres portugueses, eu, a escama luso-galesa, o Márcio e o Lenga, numa missão de visita ao nosso Lizbona! Esta não foi uma visita qualquer, mas sim, para além de estarmos com o nosso ChuChu, termos a oportunidade de poder participar num evento académico anual, semelhantes às tão conhecidas queima das fitas, enterros da gata e semanas académicas, de Portugal, que data também o mês de Maio, a tão famosa por terra polacas: Kortowiada! Esta decorre em Kortowo, campus universitário que actualmente é a residência temporária da nossa escama polaca. Pois bem, uma visita bem planeada de uns simples 4 dias, que se tornou numa autentica aventura, desde a chegada até à partida, com um bónus de mais 1 dia dado pela tão conhecida dos pobres, Ryanair, mas em troca de uns significativos euros, zlotis e até mesmo libras.

Comecemos pelo princípio… O encontro com os rapazes aqui em terras da Sua Majestade, para voarmos até à Polónia. Correrias, pressas e medos de perder o avião, foram logo sentimentos evidentes mal começou esta viagem, mas depois de nos encontrarmos na tão conhecida cidade dos Beatles e rumar até ao aeroporto e após passar a zona de controlo dos passageiros, suspiramos de alivio por constatar que estávamos dentro das horas planeadas. Relaxamos um pouco e matamos a larica que já nos acompanhava à umas horas. Embarcamos nos tão confortáveis aviões da Ryanair para 2h30m de viagem até Bydgoszcz, uma cidade no norte da Polónia, a cerca de 290 km de Olsztyn. Durante a viagem discutimos qual seria a melhor forma de chegarmos à acolhedora cidade da nossa escama, visto que o último comboio a chegar a horas decentes, no próprio dia, partia do centro de Bydgoszcs cerca de 40 minutos após a nossa chegada. Seria uma difícil concretização visto que teríamos de chegar até à estação, a qual desconhecíamos totalmente a sua localização, e ainda, pior que tudo isso, fazermo-nos entender perante uma bilheteira, que certamente, não falaria inglês, e não iria perceber o que três maluquinhos como nós, queriam! =) Então, perante todas estas objecções, optamos por ir até um rent-a-car, ver quais eram as possibilidades de alugar um carro, que nos pudesse levar até Olsztyn no mesmo dia, para ainda aproveitar-mos a noite da chegada. Pois bem, concretizamos então a hipótese de alugar um carrito, um twingo qualquer a gasolina, que o Lenga deixou ir abaixo uma quantidade de vezes considerável. Após conversa e mais conversa com o senhor da Hertz, pagamento, assinaturas e 300 mil coisas necessárias para alugar o carro, lá nos aventuramos nas mal assinaladas estradas polacas, até Olsztyn. Ah!! Mas calma… Isto parece que foi fácil, mas muitos outros obstáculos nos confrontaram! Desde ausência de GPS, a uma Polónia sem auto-estradas, limite de velocidade máximo de 70 Km/h, luzes acesas 24h por dia, noite, frio, entre muitas outras tantas coisas. Confesso que a nossa sorte foi o excelente co-piloto Márcio Coelho, que apesar da rápida e distraída condução do Lenga, lá se conseguiu orientar nas estranhas e desconhecidas estradas polacas. A meio desta longa viagem, já os três completamente esfomeados e a desejar que um tasco qualquer se cruzasse no nosso caminho, avistamos um gigante e eterno M do Mc Donalds, numa cidade a meio caminho, e claro fizemos uma paragem para reabastecer. Após o delicioso jantar continuamos viagem até ao destino final, viagem essa que demorou, mais coisa menos coisa, umas três horitas. Por incrível que pareça, e sem sabermos 100% como, fomos dar directamente a Kortowo, mas claro, que o nosso co-piloto não se recordaria da ultima vez que lá esteve e não conseguimos encontrar a casa do chuchu… Mas uma simples chamada fez com que ele viesse ao nosso encontro, dando assim por terminada a nossa longe e aventureira viagem!

Chegados ao destino e a 'casa', lá nos instalamos cada um no seu cantinho, a fazer os habituais preparativos para uma soneca. Mas, muita calma nessa hora, porque uma festa nos esperava. Após aquecer em casa com umas cervejinhas e com um pouco de conversa, lá ganhamos coragem para enfrentar a noite fria que tanto nos ansiava. Fizemos uma visitinha rápida ao 'recinto' da kortowiada e de seguida fomos até à tenda ouvir um som e dar dois passos de dança, acompanhados pelos tão acolhedores espanhóis e italianos. Passaram-se umas horas e a noite chegou ao fim, levando-nos até casa para o merecido descanso. Escusado será dizer que os meninos, Márcio e Lenga, mal chegaram ao quarto deitaram-se nas respectivas camas e não voltaram a levantar o rabiosque até a manhã seguinte, enquanto que os resistentes, eu e o chuchu, ficamos na treta, acompanhados de mais umas cervejinhas, até ver o céu a começar a clarear (não pensem que era muito tarde, eram simplesmente quatro e picos da manhã).

O dia seguinte impôs-nos uma responsabilidade acrescida, a entrega do carro. Mas antes disto fomos ao famoso Rast gastar uns quantos zlotis para reabastecer o frigorifico e a despensa. Não é de estranhar que todos os dias foi necessário voltar ao Rast visto que o alarveirão do Márcio não parava de comer. Um passeio pelo lago e pelos parques que o rodeavam foi o que se sucedeu, levando-nos até ao centro da cidade. Almoçamos, a tarde e a más horas, num óptimo restaurante, em que pudemos apreciar um tradicional prato polaco. Depois desta tão saborosa refeição fomos dar um beijinho ao Senhor Copérnico, e seguimos para ver lojas e afins, porque a menina (já passo a explicar) Márcio queria comprar uns ténis. Eis que paramos numa sapataria e o Márcio estava todo contente a experimentar um par, mas dizendo que estavam um pouco apertados, ao que eu sugeri que ele perguntasse à menina da loja se não teria um numero maior. Mas um par maior não havia, havendo apenas uma grandiosa reposta dela: 'ah desculpa, mas esses ténis são de rapariga!'. Como podem imaginar desatamos todos a rir no meio da loja. Mas com sinceridade, os ténis podiam ser perfeitamente calçados por ambos os sexos, pois não tinha qualquer sinal de feminismo. After that, seguimos rumo até casa para descansar um pouco e preparar a próxima noite… Noite essa que não teve um sabor muito bom, visto que fomos parar a um gigante lamaçal, em que, literalmente, ficamos com lama até aos tornozelos. A nossa queria amiga Agata Sofia e a sua companheira Magda estavam já um pouco alegres e conseguiram-nos levar até ao magnifico concerto que estava a decorrer no tão acolhedor recinto bastante enlameado. É importante referir que não conseguíamos andar, mas sim patinar, até que, alguns de nós não conseguindo manter o equilíbrio caíram, e aí sim, ficaram com lama até às orelhas, não foi chuchu?! Claro que as meninas polacas estavam em pior estado e como tal acharam que nós teríamos que ficar como elas decidindo abraçar toda a gente. Imaginam o resultado de tal acto, não imaginam?! Depois de já não aguentar com o frio, a chuva e principalmente a sensação desconfortável de pés enlameados tomamos a decente decisão de ir para casa e tentar não sujar o que nos rodeava. Uma 'chuveirada', no wc, sob as calças e os ténis para tentar remediar esta estupenda ideia, sendo que alguém (não querendo referir nomes =p) estava de tal maneira suja, que entupiu a zona dos banhos e tudo à volta se tornou numa magnifica pintura rupestre! Estava na hora da caminha que um novo dia estava à nossa espera…

Dia 3! Um acordar retardado de todos nós, excepto o do Lenga, que decidiu madrugar e acordar apenas as 16h30… Chegou a hora da escravatura, em que fui obrigada a ir para a cozinha fazer o almoço, e como não tinha alternativa, lá fui eu, muito bem educadinha, fazer de mamã destes três meninos, porque senão eles não almoçavam. Mas o almoço tornou-se bastante mais agradável, com a presença da nossa Magda. =) Depois de tudo arrumado, da loiça lavada, das compras feitas e da sessão de secagem do calçado ter chegado ao fim, fomos até ao 'pontão' do lago, ter com os restantes erasmus amigos do chuchu! Um momento muito bem passado, mas com algum desconforto devido ao frio. Andamos por Kortowo, sempre acompanhados de umas cervejinhas, que fomos bebendo aqui e ali, parando num jardim ou num banco de rua, fazendo e falando as parvoíces do costume. Como o frio fazia questão de estar cada vez mais intenso, fomos até a um dos bares que existe lá no campus universitário, para dançar um pouco e tentar aquecer. A noite foi passando com muita animação e algum cansaço também. Porém as minhas forças haviam-se esgotado à algum tempo e decidi ir para casa para descansar, deixando os três meninos sozinhos a curtir a noite… E que curtição, certo meninos?! Como podem calcular não poderei contar o que se passou visto não estar presente, mas o facto é que muita coisa interessante aconteceu, já que o chuchu acabou a noite caído de um banco que existe no 'pontão' do lago. Claro que estes três 'idiotas' não podiam chegar a casa como pessoas normais, e irem directamente para a caminha… Tiveram que ir chatear a menina que já bem dormia, e que quando acordou ficou alcoolizada, tal era o bafo a álcool que os acompanhava. Mais um dia que passou por nós sem dar-mos por isso…

O acordar seguinte foi bastante pacifico devido à ressaca que cada um deles trazia! Mais uma vez fui obrigada a fazer o almoço, mas que não foi bem aceite por alguns estômagos. E não, não era por não estar bom, mas sim porque estes estavam a reflectir a noite que acabara de passar. O domingo foi passado sob uma constante preocupação: o voo da manhã seguinte, pois o querido vulcão Eyjafjallajoekull lembrou-se de renascer e atrapalhar todo o tráfego aéreo. Depois de muitas hipóteses colocadas em cima da mesa, optamos por ir para o aeroporto, como estava previsto, na manhã seguinte. O dia foi passado, em casa, a fazer as malas e a arrumar tudo para estarmos prontos para a partida. Voltamos uma vez mais ao centro, mas desta vez para ir comprar os bilhetes de comboio. Na viagem de ida, estávamos cinco, mas no regresso, só voltamos quatro. Que aconteceu ao quinto elemento, Lenga?! Pelo que parece este último perdeu-se nas ruas de Olzstyn, debatendo-se acidentalmente num Audi A3 desconhecido, que o levava a uma casa ainda mais desconhecida, para fazer algo que ainda nenhum de nós descobriu!! =P A tarde findou… Eu e o chuchu andamos a passear pela residência acompanhados de umas belas 'Special' até que decidimos ir passear. O Márcio, foi ao quarto buscar o casaco e não voltou mais. Que terá acontecido?! Sendo assim, eu, o chuchu e a Agata fomos passear pelo campus, ver as faculdades, os edifícios, a igreja e uma bela paisagem que só era alcançável do topo de um cume. Voltamos até à porta de casa pensando no que iríamos fazer a seguir, e eis que o quinto elemento desaparecido à já algumas horas deu sinais de si e veio ao nosso encontro. Optamos então por ir beber um copo a um outro bar, mas sem antes o Lenga subir até ao quarto para ir buscar cerveja. Voltou com um ar surpreendidíssimo pelo que encontrou no terceiro andar da residência, mais especificamente no nosso quarto, pois deparou-se com algo que não estava a espera. O que será que aconteceu, Márcio?! Ruma-mos até ao bar para dançar mais um pouquinho e conhecer umas meninas que por lá pairavam. E entretanto a noite chegava ao fim…

Poucas horas de sono tínhamos pela frente pois a alvorada seria bem cedo para apanhar o comboio. Após duas horas e mais uns quantos minutos, chegamos ao aeroporto de Bydgoczsz, e o que realmente temíamos aconteceu: voo cancelado! Permanecemos no aeroporto para fazer nova reserva e a aguardar novidades sobre possíveis alterações do tráfego aéreo. Infelizmente o nosso voo só foi remarcado para o dia seguinte, o que nos obrigou a pernoitar na cidade. Mas nem tudo foi desagradável, pois fomos muito bem recebidos e acolhidos pela tia da Agata, que se prontificou a ajudar-nos. Encontramo-nos com a senhora no centro da cidade, para nos levar a uma residência de estudantes para passar a noite sem gastar muito dinheiro. A comunicação entre todos nós não foi fácil visto que a senhora apenas falava polaco e alemão, mas lá nos entendemos com o 'arranhado' alemão que o Márcio falava. A residência, exclusiva a estudantes com potenciais artísticos do ramo musical, apesar de antiga era bastante acolhedora. Acomodamo-nos e prontos para nos despedirmos da tia da Agata, algo que não esperávamos aconteceu. Esta querida senhora surpreendeu-nos com umas florzinhas bastante cheirosas. Lá nos despedimos e agradecemos, num alemão bastante primário, e a senhora, supostamente, retomou a sua vida. Mas não ficou por aqui… Passado sensivelmente meia hora, a tia da Agata voltou, surpreendendo-nos novamente. Regressou à residência apenas para nos dar chocolates, bolos típicos da região, água e bilhetes de autocarro para ir-mos para o aeroporto. Estaremos eternamente gratos por esta recepção tão acolhedora e atenciosa!

Uma longa caminhada se seguiu para encontrar algum sitio para jantar, pois nada aparecia, ou o que aparecia, ou estava fechado, ou tinha um ar dispendioso. Com o estômago já aconchegado, estava na hora de regressar a casa para enfrentar websites de companhias aéreas para fazer a ligação do Reino Unido até Faro. O recolher foi precoce pois estávamos todos exaustos e antes de ser meia noite, já estávamos a dormir. A alvorada do dia seguinte foi tardia e relaxada pois teríamos bastante tempo para apanhar o avião.


E assim termina a excelente aventura por terras polacas… Obrigada Chuchu =)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Un`uscita nel lavoro

Pois é meus caros amigos e leitores, nos passados dias 29, 30 de Junho, 1 e 2 de Julho, tive uma saída em trabalho, teve que ser.
Eu o Giuseppe, o Stani e o Fabrizio tivemos que ir 4 dias para um arquipélago chamado Tremiti, que se situa sensivelmente no meio do Adriático.
O trabalho consistiu em ir mergulhar a determinados pontos à volta das ilhas e fazer o registo fotográfico do bentos e noutros pontos fazer contagens de ervas marinhas, mais propriamente Posidonia oceanica.
Sinceramente, não sabia muito bem o que esperar daquele lugar, tinham me dito que era um lugar muito bonito, mas mais que isso... não tinha grandes luzes. Mesmo tendo passado longos períodos a ver fotos do Goggle Earth, pois pelo que tenho vindo a descobrir, e felizmente que assim é, uma foto nunca poderá transmitir a verdadeira essência de um lugar, por mais bela que essa foto que seja.
Facto é que Tremiti, é um lugar realmente fantástico, bastante calmo e o turismo não é tão sufocante como estava à espera, pelo menos nesta altura....
Chegamos à ilha por volta das 1730 e fomos logo recebidos pelo Miguel, o responsável pelo centro de mergulho que nos iria levar a mergulhar nos dias vindouros, tratamos da papelada da praxe e pouco depois a carrinha do hotel veio buscar-nos e lá fizemos o check-in e fomos para os quartos.
Para quem me conhece, deve imaginar o estado de euforia e excitação em que me encontrava, pelo que imaginei que os restantes, ou no mínimo o Fabrizio que também nunca lá tinha ido, também se encontrasse num estado semelhante ao meu. Pois enganei-me, quando perguntei se queriam ir dar uma volta para conhecer as redondezas, a resposta foi do tipo "epá não, vou descansar".... Posto isto, vesti os calções de banho, mochila às costas e lá fui eu passear. De imediato tentei afastar-me das zonas urbanizadas e ir procurar uma praia ou qualquer lugar onde não encontrasse qualquer tipo de vestígio humano, pois se vou para uma area protegida, à que tentar explorar e desfrutar o que tão pouco é protegido e respeitado, a Natureza.
Não foi preciso andar muito para encontrar lugares realmente bacanos e a meu ver, um belo lugar é sempre um belo lugar, mas se não houver vento, acho que este fica sempre com um pouco mais de charme. Esta é uma das vantagens de se estar numa ilha.
Por volta das 2000 fomos jantar, e estes jantares foram sempre uma aventura para mim, pois o restaurante do hotel, funcionava da forma em que o empregado de mesa-chefe, vinha à mesa, e dizia os diversos pratos que havia para aquela refeição, e quem percebesse o que ele dizia, escolhia conforme o que lhe mais apetecia. Ora eu não percebia um "cazzo" do que ele estava a debitar, pelo que limitava-me pedir o primeiro ou o terceiro, ou o que fosse. Eu sei que podia perguntar aos outros que raio o homem tinha dito, mas preferi aventurar-me na cozinha italiana e como são poucas as coisas que não gosto de comer... seria um grande azar eles terem cozinhado algo que eu não gostasse, quanto mais em 3 ou 4 pratos eu ir escolhe-lo.
Feitos os pedidos, eis que vem o primeiro prato e pelos vistos tinha escolhido uma sopa, pela forma do prato que me tinham posto à frente, sopa de quê? Espargos..... CASPITA!!! Eu não gosto de ESPARGOS!!! só pensava eu, que merd* de ideia!! para quê armar-me em esperto!! Bom mas claro que não iria mandar a sopa para dentro, para além de ser uma verdadeira falta de educação, faria a figura do gajo mais estúpido presente naquela ilha, se não no mundo. De maneiras que lá fiz o esforço de a comer... e sabem que mais.... no final até tinha comido mais um bocado, pois a verdade é que em novo tinha interiorizado que não gostava de espargos e essa ideia veio comigo até aquele jantar, mas até que me soubera bastante bem. Afinal a ideia de me aventurar, sempre foi uma boa ideia....
No final do jantar fomos ver o que faltava do jogo de Portugal contra a Espanha.... e não vou comentar mais sobre esta parte, pois o final não é feliz, como todos sabemos.
Depois do jogo fomos dar um passeio pelos bares de San Domingo (é o nome da ilha onde estávamos) para ver se a azia descia um bocado. Esta voltou a subir quando tive a "excelente" ideia de pedir uma cerveja que o Stani também tinha pedido, uma porcaria de cerveja belga, sem rancor Sid, doce ou que raio era aquele sabor, mas que se tornava bastante amargo quando pensava o quanto tinha pago por ela, 6,5€s... por uma cerveja que eu nem apreciava. Mas pronto como foi dos únicos gastos que tive, não me posso queixar.
No dia seguinte lá fomos trabalhar, encontrámo-nos com o irmão do Miguel, que era uma verdadeira personagem, era um tipo dos seus 50 e muitos, de cabeça rapara, com uma pança bastante proeminente e claro com a bela da tanga vermelha, para realçar o charme italiano!
Fomos para a Isola Pianosa, que é a ilha mais afastada desta área protegida, que se encontra a cerca de 1 hora e tal de barco. No caminho para lá o capitão ainda nos perguntou se queríamos ir almoçar à Croácia, eu que percebi o que ele tinha dito, ainda fiquei com os olhos brilhantes só de pensar na ideia, mas claro que não deu para isso, pois estávamos ali para trabalhar.
Pianosa é sem duvida alguma, a ilha menos interessante, embora que seja a zona onde a protecção seja a mais forte, isto no papel, facto é que esta está uma verdadeira miséria, o fundo está completamente limpo, é só rocha, ou quase. Isto porque mal esta zona se tornou uma área protegida, não demorou muito para os pescadores irem para lá pescar com bombas!!! e assim o fazem de tempos a tempos. A estupidez humana é realmente uma coisa infinita, como disse Einstein.
Lá fizemos o que tínhamos a fazer, e voltamos para as ilhas mais próximas. Fomos ter com o Miguel, que estava ancorado à beira da ilha San Nicola, subimos a bordo do seu barco para deixar o material de mergulho e para passar um tempo a descansar antes de irmos para terra.
No segundo dia de trabalho, fomos com o Miguel no seu barco trabalhar para as ilhas próximas. Foi um dia cansativo com 5 mergulhos, mas revitalizante para a alma!!! Principalmente pelo ultimo mergulho que foi um mergulho de lazer, onde fomos mergulhar na ilha Capraia, um mergulho em parede, e que parede!!!
Devo dizer que este foi o melhor mergulho que fiz, não é que sejam muitos, mas foi realmente fantástico. Agua com visibilidade de mais de 16 metros, vimos um cardume com mais de 100 sargos, rascassos não vi nenhum com menos de 1 kg. A parede, era mesmo imponente, imaginem-se a mergulhar a 35 metros de profundidade, e ver esta parede completamente vertical que ia dos 5mts de profundidade até aos 50.... era realmente intimidante!!! Para lhe dar mais esplendor, esta estava completamente repleta de esponjas, algas e peixes de todas as variedades.
Este mergulho foi também marcante pelo facto de ter podido sentir na pele o que é realmente uma termoclina! Pois a água à superfície estava excelente, 22º, mas a partir dos 16, 17 mts, começamos a ver a refracção da água e facto é, que aos 20 mts a água já se encontrava nos modestos 12º Celcius!!! até me doíam os ossos!!!
Como num bom jogo de rugby há sempre um boa 3a parte, no mergulho acontece o mesmo, a meu ver. Quando acabámos este belíssimo mergulho de 45 minutos, ao subirmos para o barco, eis que nos abraça um cheiro a pasta acabadinha de fazer, mas uma senhora pasta! linguini com amêijoas! Estava mesmo boa! aliada à fome de ter feito 5 mergulhos.... ui... que sonho!
Acabámos os trabalhos fomos para terra, os meus colegas foram para o quarto descansar, eu fui dar o meu passeio, mas não fui longe, pois o meu cansaço, principalmente Na perna, era de tal forma, que já tinha tremores que me dificultavam bem o andamento, pelo que fiquei a descansar na praia junto ao hotel.
À noite fomos sair um pouco e despedirmo-nos da malta do centro de mergulho.
No dia seguinte de manha, apanhamos o barco e voltamos ao continente, com a ideia em mente de um trabalho bem feito, muito bem feito aliás!!!

Ciao!

P.S.
Supostamente, este texto era para ter fotos, mas a MERDA deste Blogger, não sei porque cazzo, não está a deixar fazer o upload. O texto faria muito mais sentido com elas, mas não estou com paciencia para batalhar com computadores, e normalmente perco sempre estas batalhas...
Por isso as minhas desculpas.
Vou também por algumas fotos no facebook, pelo que se tiverem interessandos, vao lá ver.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

AVISO:

Escrevi um post, mas como o tinha nos rascunhos já algum tempo... este foi publicado mais abaixo., está antes do relatório trimestral do Lauro.
Grazie!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Relato trimestral: errata

Esqueci-me de mencionar, no post anterior, que a minha experiência de morar numa residência universitária chegou ao fim no passado dia 12. Desde então moro numa pequena típica casa do proletariado britânico. Porquê britânico e não irlandês? Porque mudei-me para o coração da zona a que chamam "The Village", um bairro muito protestante, pró-britânico, onde mora gente com convicções fortes. À minha volta já não há árvores e estudantes bêbados, mas sim murais e mensagens alusivas aos grupos para-militares de outrora, apoio aos locais e afins... Só isso já me deixou apreensivo, depois na semana seguinte o PM David Cameron leu um pedido de desculpas oficial às vítimas do Bloody Sunday, quando se soube o resultado da investigação que mais demorou e mais custou na história do Reino Unido, revelando que os soldados britânicos responsáveis pelo que aconteceu foram culpados. De um lado houve sentimento de justiça, do outro, até agora, reacções discretas e reprovadoras. Dizem que todos os verões os problemas escalam um pouco mais e alguns temem que o resultado desta investigação possa acender, outra vez, o rastilho. Felizmente, mais umas semanas e piro-me daqui. Espero apenas que de uma vez por todas toda a gente resolva seguir em frente, não esquecendo o passado, mas aprendendo com ele e corrigindo o que de errado se fez, para que no futuro ninguém tenha medo de vir disfrutar do muito que a Irlanda do Norte tem para oferecer.

See you soon

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Relato trimestral

Andava toda a gente a chatear a nossa Buwch e ninguém se lembrava de mim, até o italiano ter feito um reparo discreto à minha assiduidade no blog. Se calhar ninguém queria que eu escrevesse mais ou ninguém estava interessado nas minhas aventuras... Se era esse o caso, lamento a desilusão mas chegou a hora de eu escrever qualquer coisinha.

Resolvi consultar o nosso espaço e parece que já não escrevo nada de interessante neste blog, aparte "gozar" com os erros dos outros e chatear directamente outras pessoas, desde Fevereiro. Gravíssimo... que se passou então desde esse mês?! Bolas, muita coisa mesmo... vou tentar relatar tudo muito brevemente.

Se a memória não me falha, tudo começou depois do dia de S. Patrício ou Paddy's Day, como é conhecido por aqui. Feriado obrigatório e dia de bebedeira (à séria!) para todos os irlandeses espalhados pelo mundo. Foi um grande dia!

Umas semanas depois recebi a visita dos meus pais e da minha irmã, que sacrificaram-se em vir apanhar um pouco de frio e chuva para passar a Páscoa comigo. Resolvi então aproveitar e matar dois coelhos com uma só cajadada. Alugámos um carro e fomos à descoberta do norte da Irlanda do Norte, tido como uma das zonas costeiras mais bonitas do Mundo, ou como eles gostam de anunciar em placas espalhadas pela estrada "Area of Outstanding Natural Beauty". E têm razão, fazer a estrada da linha costeira, com o mar azul e a Escócia como pano de fundo (num bom dia) é uma experiência espectacular! Chegar depois à famosa Calçada dos Gigantes e observar todas as maravilhas naturais da área circundante é breathtaking! Ainda visitámos a cidade de Derry ou Londonderry, depende da vossa cor política, e inteirámos-nos da sangrenta história que ali se fez, desde os primórdios da civilização até ao Bloody Sunday, até aos nossos dias. De seguida apanhei uma boleia com os meus pais até Londres, cidade da qual já muito se escreveu e pouco mais tenho a acrescentar, mas foi daqui que parti para a minha primeira conferência como cientista. Viena, a cidade de Mozart, Strauss, Klimt e muitos outros artistas, foi a minha próxima paragem! Poster apresentado, contactos feitos, museus visitados, estava na hora de voltar para a ilha.

Estamos, portanto, em Abril e dentro de dias, quando era suposto estar à volta ao ritmo de trabalho normal depois de umas curtas férias, eis que chega o meu aniversário. Consequência de me sentir mais velho, ou não, resolvi celebrá-lo com um concerto de punk, algo a que estava mais habituado quando era um teenager ainda. Não sem antes passar no Nando's, não para comer frango, mas para beber algo que não pensei existir por aqui, Sagres e Super Bock! Boa noite, bom concerto, boas dores no dia seguinte. Estou a ficar velho! No fim-de-semana ainda tive direito a uma festa de aniversário em conjunto com mais umas nacionalidades, sempre bom!

Sensivelmente um mês depois, quase como se de um telefonema se tratasse e a distância que nos separa fosse feita em 5 minutos, o belga diz-me "puto, vou aí!". Ele já relatou o que por aqui fez, permitindo-me a mim apenas dizer obrigado!

Vivam os low-costs que tornam o mundo mais pequeno e que tornam possível estes encontros esporádicos entre estudantes, pois uma semana depois foi a minha vez, outra vez. Desta feita, Belfast-Liverpool-Chester-Bangor. Infelizmente as passagens pela piscina de fígado (esta é para ti ragazzo) e por Chester não passaram disso, passagens. Bangor é verde, montanhoso, pequeno, acolhedor, e naquele fim-de-semana foi muito populoso, soalheiro, quente e agradável. Tive a sorte, ou azar, de ir lá na mesma altura que a BBC Radio 1 resolveu fazer um festival nos arredores, para o qual infelizmente nenhum de nós conseguiu ganhar bilhetes, o que fez com que tivéssemos de nos afastar até uma das praias da ilha de Anglesey. Depois de uma boa (= longa) caminhada chegámos ao nosso destino e tive pela primeira vez, voluntariamente, os pés em águas britânicas. E pouco depois as pernas, seguidas do tronco e finalmente todo o corpo. Podia ter ficado pelos pés, mas se o italiano se atira à água eu também vou! Depois de 5 minutos voltava a terra para concluir o meu primeiro mergulho do ano, não enregelado como esperaria, mas surpreendentemente satisfeito e com o sentimento de que o verão chegara. Sentimento esse que pouco durou, pois no dia seguinte aquando da partida os céus choraram de saudade e borraram a imagem que tinha de Bangor. Enfim, tipical british weather. Mas o saldo foi claramente positivo, eu recomendo Bangor! Só não vão na conversa de hotdogs por 1 pound e não tentem entender o galês! Deixo aqui outro obrigado, agora para a Buwch!!

Pensava eu que já não ia passear muito pela ilha, quando o Ronen voltou cheio de pica das férias dele e decidiu que tínhamos que fazer mais coisas juntos, consolidar o espírito de grupo de laboratório. Que aqui somos como uma equipa, senão nos damos bem lá fora, dentro de campo a coisa não funciona. Então, "next stop, the most northernly point in Ireland"! Que fica no sul! Uma piadinha que eles gostam de fazer, pelo facto do ponto mais a norte da ilha estar no território dos vizinhos. Lá estive então, provavelmente no dia mais quente que aqui vivi, a fazer um piquenique em Malin Head, também o local mais a norte onde alguma vez fui. E já que aqui estava, que é que não podia deixar de fazer? Tomar um banho no mar! Enchi-me de coragem e lancei-me à água, para rapidamente me arrepender de tão irracional decisão. As saudades do nosso mar salgado (bem mais que este) dão nestas coisas.

Entretanto começou a euforia do mundial! Aqui no lab decidimos fazer um "sweepstakes", onde todos entram com um dinheirinho, tiram uma equipa do pote e o vencedor leva tudo! Azar de quem tira as equipas pequeninas né? Pois adivinhem lá quais foram as que me saíram… Argélia e Camarões! Ao início até pensei que não fosse muito mau, mas depois das gambas serem despachadas para casa mais cedo… Enfim, ao menos tenho (tinha) 3 equipas para torcer! E neste espírito lá nos juntámos numa tarde soalheira, para fazer um barbecue e ver os bifes a dar-se mal com os yanks.

E o mundial continua e o tempo vai passando, aproximando-se a passos cada vez mais largos a hora da despedida. Enquanto a hora não chega, festeja-se! Que hoje Portugal começou a preparar o rodízio brasileiro de sexta-feira, ao pôr na mesa de uma só vez sete batatas!


See you soon!


PS: desculpem a extensão do post mas tinha mesmo de ser. Fotos disponíveis no facebook.

Il primo mese

Comecei a escrever este post no passado dia 21, e neste dia fez precisamente um mês desde que cheguei a Lecce. Por incrível coincidência fez também um ano desde que fui operado a primeira vez ao meu joelho. Como tal, achei que fosse um bom pretexto para publicar mais qualquer coisita.
Convosco deve ter acontecido o mesmo que me aconteceu, que foi achar que o tempo tinha passado estupidamente rápido, quando me ponho a pensar que já estou à um mês em Lecce.... realmente parece difícil de acreditar.
A vida por este lados vai de vento em popa, a casa onde estou é bastante porreira, assim como o meu colega de casa, a malta de erasmus mostra-se cada vez mais afável, igualmente como a malta do laboratório.
Vivo ao lado de estudantes de erasmus espanhóis, com os quais me dou bastante bem e com eles e mais outros tenho ocupado parte do meu tempo a ir a praias aqui nas redondezas, muitas das fotos das praias estão no facebook. Lá está que como sou dos pouquíssimos erasmus que tem carro, tenho feito de motorista nestas saídas, o que é sempre um pouco arriscado, pois supostamente a carrinha só pode levar 2 pessoas e noutro dia fomos nada mais, nada menos que 11 pessoas na minha casinha, para a praia. Mas até nisso tenho tido sorte, pois nesse dia, das 11 pessoas, ao irmos para uma pequena cidade onde o meu colega de casa (Enrico) mora, ele perdeu-se um pouco nos caminhos, pelo que perguntamos a um cavalheiro por direcções. Este disse-nos que poderíamos ir por um caminho bastante rápido, mas que como eu tinha "a casa cheia", ele disse-nos para seguirmos outro, um pouco mais longo, pois no outro caminho havia operações stop. Depois de mais uns dedos de conversa, ficamos a perceber que o tal cavalheiro era policia!!! e era por isso que sabia da operação stop. Como podem ver... não me posso queixar da sorte.
Por falar em policia, no sábado, grande parte do grupo de erasmus, fomos sair para uma discoteca que ficava a cerca de 30 minutos de Lecce, fretámos um mini autocarro, de 20 lugares, e o giro destas coisas é que éramos 24 pessoas, e lá fomos sair. A noite foi bastante bacana, embora que a discoteca tivesse fechado às 5 e o autocarro só chegaria ás 0630, pelo que tivemos bastante tempo para fazer o que bêbedos alegres fazem... MERDA!
Ao lado da discoteca havia uma praia privada, sim isto em Itália é possível, onde haviam umas quantas atracções para as crianças, para as entreter e divertir enquanto estão na praia. Ora escusado será dizer, que qualquer coisa que entretenha uma criança, também entretém uma meia dúzia de erasmus bêbedos... O capo lavoro (obra prima) destas atracções, eram uns trampolins que ali sorriam para estas almas perdidas... quando fomos para brincar naquelas coisas, eis que surgiu o guarda da praia, a dizer que aquela praia era privada, que não podíamos estar ali, e que se no metêssemos nos trampolins, ele iria chamar a policia. A reacção do pessoal foi geral.... no segundo seguinte estava-mos aos saltos nos trampolins e a cantar a musica dos Trabalhadores do Comercio- "Chamem a policia!" quer na versão portuguesa quer na espanhola...
E pronto... minutos depois, saltos e quedas de boca para a areia.... lá apareceu a policia. Eu tive sorte, não fui notificado, pois não me encontrava aos saltos nessa altura, mas os que foram identificados também não sofreram nenhuma represália, foram somente identificados.
Assim se passou aquele tempo de espera, e passado pouco tempo apanhámos o autocarro, que nos levou de volta. Chegamos perto das 8 a Lecce, fui comprar pão para o meu pequeno almoço e fui dormir uma merecida sesta.
Ontem à noite realizou-se um jantar de despedida da malta de erasmus, não é que se vão já todos embora, mas infelizmente começam a partir. O grupo era pequeno, 69 pessoas, não só de erasmus mas também alguns italianos.
O jantar (comidas e bebidas) foi fraquinho, aliás uma grande banhada, foram 13 euros para comer pouco e mal. Beber... foi igualmente fraco, não havia cerveja, o vinho que havia era pouco, fraco e parecia água pé misturada com agua... talves seja esta a definição de agua pé para os italianos....
A parte interessante foi a entrega de diplomas, feitos pela malta de erasmus, onde todos foram premiados na sua categoria, independentemente de qual ela fosse. Fiquei bastante contente, devo dize-lo, por se terem lembrado de mim, e terem feito um para mim, embora não me conheçam à um mês sequer....
" Por ser el último Erasmus en llegar, por adaptarse desde el primer momento, por llevar una casa con todo tipo de detalles siempre consigo y por contribuir con ese caparazón a disfrutar de los ricones del Salento."... O prémio Caracol vai para........(rufam os tambores)..... Nuno Sales Henriques!!! E o restaurante foi ao rubro! (não é verdade, foram umas palmas iguais às que os outros erasmus levaram...). Ainda me pediram para dizer umas palavras, mas sinceramente não estava preparado para tal e o meu italiano não é fortíssimo, pelo que limitei-me a agradecer em todas as línguas que ali estavam presentes, ou quase todas vá....
Depois do jantar a malta foi para a praça de Sta Chiara, mas eu e mais dois compatriotas fomos a minha casa antes deixar os diplomas, que na noite não sobreviveriam, e resolvemos tomar mais umas coisas em minha casa.
Um desses portugueses é um grande amigo do Jampa, ele é de Torres Novas e é amigo dele desde pequeno...Ainda dizem que o Mundo é grande....
Ora esse organismo, o Tiago, deu-se mal com a "sobremesa" do jantar... de maneiras que começou a ficar mal disposto e teve que vomitar.... onde? Na sanita....não, foi mesmo no lava-loiças e para cima da loiça do meu colega de casa..... fixe não é?
Posto isto eu e o André tivemos que ir leva-lo a casa, e depois claro tive que voltar a casa para lavar a loiça do outro, que o Tiago lhe vomitou em cima.... foi uma operação interessante.....
Feitas as limpezas, eu e o André fomos então ao encontro do resto da malta que estava no centro, e por ali se ficou a noite....

Ciao!